Em Belém, procura por ovos de Páscoa ainda é 'baixíssima' , diz Aspas

Para a entidade, a demanda está comprometida pela crise sanitária provocada pela covid-19, mas deve melhorar

Elisa Vaz

A procura por ovos de chocolate na capital paraense, mesmo faltando poucos dias para o domingo de Páscoa, ainda não está alta. Segundo o presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, isso se deve ao fato de que a crise sanitária provocada pela pandemia da covid-19 ainda está muito intensa, e muitas pessoas estão evitando gastar dinheiro com itens que não sejam de primeira necessidade.

“Continua baixíssima a procura dos clientes pelos ovos de Páscoa nos supermercados locais. Nós acreditamos que vá melhorar desta quinta-feira até o domingo, nesses últimos quatro dias, até porque as lojas vão estar abertas agora no fim de semana. Acreditamos que possa melhorar até o domingo de Páscoa”, comenta.

Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que as vendas na Páscoa deste ano devem girar em torno de R$ 1,62 bilhão, com recuo de 2,2% em relação à data de 2020. Se a projeção se confirmar, será o pior desempenho em 13 anos. Em 2020, o tombo nas vendas foi de quase 30%. Geralmente, esta é a segunda melhor oportunidade para o comércio de alimentos e bebidas faturar, depois do Natal.

Pela avaliação de Portugal, o cenário deve ser parecido no Pará, embora a queda seja ainda mais drástica nas vendas, podendo chegar até 5%. “Com certeza vai ter retração, maior que os 2% a nível nacional, acredito que, em relação ao ano passado, chegue próximo aos 5%. O estoque foi menor, devido ao que ocorreu ano passado, que as lojas compraram e não venderam. Teve uma queda muito grande na pandemia, até as fábricas produziram menos este ano, e as lojas não compraram mais como era”, diz. Quanto aos preços dos ovos nos supermercados, o presidente da Aspas afirma que houve variação entre 4 e 5%, em função dos custos dos materiais, como as embalagens.

A advogada Ana Beatriz Monteiro, de 25 anos, está entre tantos consumidores que observaram a alta de preços nos ovos de chocolate este ano. Ela conta que pesquisou os valores nos supermercados, mas achou muito elevados, e acabou optando por comprar os ovos gourmet, artesanais feitos por empreendedores locais.

“Olhei os itens vendidos nos supermercados, mas estavam mais caros. Fora que acho melhor ajudar o empreendedor local, que teve e ainda tem tantas dificuldades nessa crise econômica. Eu, por exemplo, comprei de uma amiga que quis tirar uma renda extra, então encomendei logo cinco. Não são muito mais baratos que os de fábrica, mas vale a pena”, opina a consumidora.

Segundo a última pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o menor ovo de Páscoa e o mais barato encontrado pesava 45g e custava R$ 9,70. Já o maior ovo, com 560g, era vendido a R$ 72,19. O órgão aponta que os preços não são uniformes e variam bastante entre os locais de compras, pesos e marcas.

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