Em um ano, quilo da carne subiu em média R$ 10, aponta Dieese
Alimento tem variação de 35,34% em 12 meses e quase 10% somente neste ano
A carne bovina teve alta percentual de 35,34% nos últimos 12 meses, segundo estudo divulgado nesta terça-feira, 31, pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA). A alta do produto foi bem acima da inflação de 9,85% (INPC/IBGE), o que equivale a um aumento de quase R$ 10 no preço médio do quilo.
Em julho de 2020, segundo o Dieese/PA, o preço do quilo da carne bovina de primeira (coxão mole/chã, cabeça de lombo e paulista) consumida na capital paraense e comercializada nos açougues e mercados, que era de R$ 26,85, passou para R$ 36,34 em julho deste ano.
De acordo com o Dieese, o preço do alimento alcançou uma variação de 9,36% nos primeiros sete meses deste ano (janeiro a julho), contra uma inflação calculada de 5,01% (INPC/IBGE). Isso representa um aumento de R$ 2,72, visto que em janeiro, o valor médio era de 33,62; em junho chegou a R$ 36,28; e em julho, R$ 36,34. Somente na passagem de junho para julho, houve uma variação para cima de 0,17%.
Empresário de uma rede de supermercados na capital, Mauro Corrêa afirma que a elevação do valor do dólar leva o setor pecuário a preferir exportar a produção em detrimento do mercado interno, o que encarece os produtos comercializados no Brasil. Ele aponta que o valor dos combustíveis e as restrições impostas pela pandemia também influenciaram nos reajustes para o alto no valor dos alimentos.
"Os sucessivos aumentos de combustíveis acabam por aumentar o valor dos fretes e transportes; as indústrias ainda tiveram que operar com a capacidade abaixo de sua produção, o que impactou nos preços das mercadorias”, analisou o empresário.
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