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Desafio agora é atrair clientes para os estabelecimentos, diz Sindicato de Hotéis e Restaurantes

Em coletiva na manhã desta sexta (26), entidade avaliou como positiva a reabertura dos locais a partir de 1º de julho, mesmo com apenas 40% da capacidade

Roberta Paraense

A reabertura dos estabelecimentos de alimentação fora do lar, autorizada pela prefeitura de Belém para o dia 1º de julho, traz algumas lacunas a serem preenchidas, de acordo com o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS-PA). Após analisar o decreto municipal nº 96.542/2020, publicado na quinta-feira (25), a entidade se manifestou em nome da categoria, na manhã desta sexta-feira (26), em coletiva à imprensa.

A principal brecha no documento é sobre o funcionamento de lanchonetes, pizzarias, sorveterias e docerias, que tem o pico de faturamento nos intervalos dos horários autorizados pela gestão municipal. Porém, no geral, o SHRBS-PA avalia as determinações como positiva aos anseios do segmento.  

Foi decretado que os restaurantes e lanchonetes só poderão funcionar com 40% da sua capacidade, com um horário específico para almoço (de 11h às 15h) e jantar (de 19h às 23h). “Em um primeiro momento, o decreto atende o anseio da categoria. É melhor abrir com a capacidade reduzida do que não abrir. Mas existem algumas lacunas, hiatos, que vamos dar um polimento junto à Prefeitura de Belém para os esclarecimentos”, afirmou o diretor jurídico do SHRBS-PA, Fernando Soares. 

“Existe uma dúvida sobre as empresas que não são eminentemente restaurantes. As lanchonetes, cafeterias, docerias, sorveterias, por exemplo. Numa primeira leitura, a impressão é que se tem é que elas só podem funcionar nos horários estabelecidos no decreto. Nós já estamos cuidando e pedindo esclarecimento. Porque o forte dessas empresas é exatamente isso: não é almoço e nem o jantar, e sim o horário do lanche”, observou Fernando, que acredita que o Executivo Municipal deve publicar um decreto suplementar com o devido alinhamento.  

O decreto nº 96.542/2020 não prevê a reabertura de bares e casas noturnas, então, os estabelecimentos que funcionam ao mesmo tempo com as duas atividades devem permanecer de portas fechadas, dependendo da razão social do negócio. “As empresas que são bares, mesmo que elas vendam refeições, não poderão abrir, porque a atividade principal é bar. O restaurante é um apêndice”, explicou Fernando. A prefeitura ainda não sinalizou data de reabertura desse segmento.  

Desde o dia 27 de março, os estabelecimentos com venda de alimentação fora do lar tiveram de fechar as portas ao público em Belém, atendendo exclusivamente no sistema delivery e pronta entrega. A autorização de reabertura gradual vem acompanhada de uma série de normas a serem seguidas, como medida de segurança e saúde de funcionários e clientes.

Para o porta-voz da entidade, as regras de higiene e de distanciamento impostas à reabertura desses espaços estão em consonância com a realidade dos estabelecimentos em Belém. “A grande maioria das empresas têm condições de atender ao que ficou estabelecido. Não são medidas que já não estejam sendo aplicadas no cotidiano. Alguns cuidados maiores, como a testagem dos clientes com laser (temperatura), a empresa terá de se adequar. Agora as máscaras, as luvas e o álcool em gel já são parte de uma rotina que estamos usando”, explicou. 

Os espaços de alimentação fora do lar, que ficam em praias, balneários e clubes, não podem reabrir para o consumo no local, apenas para delivery. Nas novas regras, foi estabelecido também que só podem funcionar as modalidades de prato feito e “à la carte”. Os serviços “self-service” ou qualquer outro modelo em que os alimentos fiquem expostos ainda continuam com as atividades suspensas. 

Para o sindicato, a maior dificuldade durante essa retomada das atividades é atrair à população aos restaurantes. “Temos de readquirir a confiança da população para sair de casa e frequentar os estabelecimentos presencialmente. Não vamos esquecer que ainda estamos em uma pandemia, com efeitos desse vírus. Por mais que tenhamos os cuidados necessários para evitar uma transmissão, há sempre riscos. Então, a confiança é um ponto primordial. Se a gente for bem e não acontecer o contágio através das empresas, temos tudo para melhorar o desempenho”, avaliou Fernando Soares. 

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Belém, e aguarda retorno.

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