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Consumidores e vendedores de Belém relatam sentir aumento no preço do garrafão de água mineral

Em alguns bairros da capital, a diferença chega a até R$ 2,50 e tem impacto no orçamento das famílias

Camila Azevedo
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Os moradores de Belém já estão sentindo uma diferença nos preços da água mineral, recursos essencial para o dia a dia. O aumento tem chegado em até R$ 2,50 nos garrafões de 20 litros do produto, dependendo do bairro. Por exemplo, no Jurunas, esse valor foi de R$ 8 para R$ 9. Já no Marco, consumidores dizem que antes compravam por R$ 7,50 e, agora, encontram por R$ 10. Entretanto, os vendedores afirmam que o reajuste é normal, acontece de duas a três vezes por ano e tem previsão de ficar mais forte a partir de 01 de abril.

No Guamá, a situação não é muito diferente: o garrafão que custava R$ 7, hoje está sendo vendido por R$ 9. Esse aumento tem sido refletido na rotina da Maria Moreira, doméstica de 60 anos e moradora do bairro em questão. Por semana, a família chega a comprar três unidades dos produtos. “Na minha casa, a gente consome muito, porque temos uma bebê de um ano e nove meses, a minha neta. Tudo é feito com água mineral e não temos como dispensar”, comentou.

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Na casa em que Maria trabalha, no Marco, o aumento também foi sentido. Ela é a responsável por fazer a compra da água mineral e diz que o valor tem impactado. “Para lá, compro de três a quatro galões por semana. O consumo é muito grande, ainda mais quando tem criança em casa. A alternativa que a gente pode ter é colocar um filtro e diminuir mais esse custo. Mas, tem que comprar a água, não tem jeito mesmo. O valor aumentou estupidamente”, lamenta. 

Vendedor relata aumento de R$ 0,30 nos garrafões de água mineral

Joelson Cunha, de 35 anos, dono de um depósito de venda de água mineral localizado no bairro de Fátima, diz que foi surpreendido com o aumento de R$ 0,30 no valor do produto comprado de um distribuidor. O preço foi diferente apenas para uma marca e repassado nesta quinta-feira (16), mas o comerciante afirma que outras empresas anunciaram reajuste para o próximo mês.

“Ontem, meu fornecedor informou que ia ter esse aumento. Aí, hoje, ele veio abastecer com uma diferença de R$ 0,30. Apesar disso, eu ainda não repassei para os meus clientes. Esse reajuste diminui minha margem de lucro, mas ainda não houve um repasse. Se tem esse aumento de R$ 0,20 a R$ 0,30, não repasso. Mas, se passar de R$ 0,80 ou R$ 1, não vou ter escolha. Geralmente, esse aumento acontece de duas a três vezes por ano. Varia, ainda, de cada depósito. Cada uma faz a sua política de preço”, relata Joelson.

Reajuste foi uma surpresa, diz dono de depósito

Já para João Sodré, que tem um depósito de venda de água mineral no bairro de São Brás, o aumento de R$ 0,30 no valor do produto foi uma surpresa. “Na compra que fiz nesta quinta-feira, veio o reajuste. Falei que não sabia e paguei o valor antigo. Mas, hoje, tive que pagar a diferença mesmo. Com isso, a gente vai ter que mudar os preços até abril. Vamos nos organizar para avisar os clientes com antecedência e, na medida que todos ficarem informados, passarei a adicionar esse valor”, ressalta.

João comenta que os vendedores esperam um aumento a partir de abril e que muitas empresas de água mineral já deram indícios do cenário. “Já estamos escutando especulações de outras marcas. Normalmente, sempre acontece isso, pelo menos uma vez por ano tem o reajuste. A gente não comenta nada até ter certeza, mas ficamos na dúvida, não é o que queremos repassar, é chato. Cada um tem seu preço, até por conta de nome no mercado, material da garrafa e qualidade da água”, completa o comerciante.

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