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Consumidores do Norte aumentaram em 24% a procura por crédito em março, afirma Serasa

O resultado coloca a região em primeiro lugar no quesito

Abílio Dantas
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Os consumidores do Norte, em março, aumentaram em 24,5% a demanda por crédito, em comparação com fevereiro, de acordo com levantamento da empresa de soluções financeiras Serasa Experian. O resultado coloca a região no topo do ranking no quesito, em termos de crescimento. Isso porque deixou para trás as demais regiões: Centro Oeste (20,9%), Nordeste (10,8%), Sul (16,6%) e Sudeste (13,3%).

Os dados são do indicador econômico Demanda do Consumidor por Crédito, que é medido pelo volume de consultas mensais realizadas pelos estabelecimentos comerciais à base da Serasa Experian.

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Em fevereiro, o crescimento do Norte foi o segundo maior do período, quando atingiu o patamar de 18,2%, ficando atrás da região Centro Oeste (18,5%). Em seguida, figuram na lista do mês as regiões Sul (11,6%), Sudeste (7,9%) e Nordeste (4,2%).

O presidente do Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial do Pará (Conjove/ACP), João Marcelo Santos, destaca que o índice traz, em sua maioria, o resultado das contratações de médias e pequenas empresas.

“Hoje, de 96% a 98% das empresas do nosso país são micro e pequenas, que são as que empregam e geram renda. O aumento da procura pelos créditos foi motivado pela pandemia, pois desde o início dela, apesar das ações dos governos para gerar crédito para os empreendimentos, ainda assim ficou muito difícil ter acesso aos valores durante a pandemia. Então, as empresas ainda estão em busca de crédito para solucionar os seus problemas. Eu vejo que é reflexo da pandemia e não uma demonstração de retorno da economia”, avalia.

Em âmbito nacional, segundo a empresa Boa Vista serviços, o indicador Demanda por Crédito do Consumidor avançou 0,6% entre os meses de fevereiro e março “na comparação dos dados dessazonalizados, após ter recuado 4,3% no mês anterior, mantida a base de comparação”. “Na comparação dos resultados trimestrais, a demanda por crédito no 1º trimestre de 2022 aumentou 4,2% em relação ao último trimestre do ano passado na série de dados dessazonalizados e 13,5% em relação ao 1º trimestre de 2021 na série de dados originais. Na comparação interanual foi observada alta de 6,8% e o resultado acumulado em 12 meses passou de 12,5% para 13,6%”, afirma levantamento da empresa.

O economista Flávio Calife, da Boa Vista, afirma que já era esperada uma redução no ritmo de crescimento do indicador de demanda por crédito do consumidor no acumulado em 12 meses, o que já começou a ser percebido no segmento Financeiro.

“A tendência continua sendo esta, dado que o cenário econômico não apresentou nenhuma melhora até aqui e isso só tem elevado os riscos nas operações de crédito. As pressões inflacionárias trazidas pela guerra entre a Rússia e Ucrânia já se transformaram em números e o primeiro dado não foi bom. Em março o Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,62% e fez com que o resultado acumulado em 12 meses atingisse a marca de 11,30%. Isso contribuiu para que as projeções de inflação caminhassem para cima e, embora o Relatório Focus mais recente, referente ainda a 25 de março devido à greve dos servidores do Banco Central, aponte uma inflação de 6,86% ao final do ano, já se fala num aumento dessa projeção para 7,5% na média”, analisa Calife.

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Economia
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