Mercado prevê redução anual da inflação, mas índice deve permanecer em alta no Pará, diz economista

Economista Pablo Reis tem experiência nas esferas pública e privada em Belém

O Liberal
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Nesta segunda-feira (30), a pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central (BC), em Brasília, prevê redução da inflação brasileira, este ano, de 5,20% para 5,2%, com um PIB estimado para este ano de 2,21%. No entanto, a queda projetada pelo BC não deve ocorrer, de imediato, no Pará, em razão do forte aquecimento da economia e do aumento de demandas por serviços e bens, afirma o economista paraense, Pablo Reis, que tem mestrado em administração e é doutorando de relações internacionais. 

"De fato, no Brasil há uma previsão de redução da inflação, ou seja, uma desaceleração da inflação. Porém, com relação ao Pará, não há essa expectativa, porque a economia paraense está aquecida em função das obras, ou seja, das transferências governamentais, também dos subsídios e incentivos e de grandes investimentos em políticas públicas, em razão da própria COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas)", afirmou o economista.

Pablo Reis pondera que o atual aquecimento econômico vivido pelo Pará, "em setores como turismo, transportes e alimentação, incrementa os indicadores econômicos e gera a inflação”, disse ele.

"No segundo semestre, essa elevação deve persistir, principalmente devido a proximidade da COP30, na pré-COP, devem vir pessoas conhecer a cidade, antes, e principalmente durante o mês de novembro. Mesmo com esse deslocamento da população para o interior, férias coletivas, vai haver um impacto positivo na inflação, ou seja, ela vai subir”, disse o economista.

De acordo com a pesquisa do BC divulgada no Boletim Focus, desta segunda-feira, em maio passado, a inflação oficial no país fechou em 0,26%, pressionada principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial. O resultado mostra desaceleração após o IPCA ter marcado 0,43% em abril. O índice - divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - acumula taxas de 2,75% no ano e de 5,32% em 12 meses.

O BC também destaca que, no Brasil, para conter a demanda aquecida e evitar a elevação da inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a taxa básica de juros, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está definida em 15% ao ano, E mesmo com o recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o colegiado elevar os juros em 0,25 ponto porcentual na última reunião, neste mês de junho.

O Comitê também já divulgou que deve manter os juros no mesmo patamar nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais aumentos, caso a inflação suba.

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