Construção civil movimenta R$ 1,1 bilhão na RMB, alta de 65% em relação a 2024
Belém tem alta de 17% na construção de prédios e condomínios em altura

O mercado imobiliário na Região Metropolitana de Belém apresenta alta de 17% na construção de novos prédios e condomínios em altura, de 14% nas vendas e um ótimo desempenho no fechamento de negócios. No valor geral de vendas, Belém movimentou R$ 1,124 bilhão no período, crescimento de 65% em relação ao primeiro semestre de 2024.
Os números são do 29º Censo Imobiliário, divulgado na última terça-feira (2), pelo Sindicato da Indústria da Construção do Pará (Sinduscon-PA), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, empresa de pesquisa e consultoria em negócios.
O diretor da Porte Engenharia, Ernani Guilhon, reitera o bom desempenho do segmento da construção civil na capital paraense. “Desde 2023, quando foi anunciada a COP30 (30ª Conferência Global sobre as Mudanças Climáticas), não só o setor imobiliário, mas toda a cidade foi tomada de um grande otimismo. E esse otimismo está se materializando agora, com a proximidade do evento”, frisou Guilhon, que é engenheiro civil, de formação.
“A gente sente, com certeza, um aumento substancial nas vendas do setor imobiliário”, acrescentou o diretor da Porte Engenharia, sobre a crescente urbanização e valorização atual dos imóveis no 1º semestre de 2025.
Construção civil impulsiona outros setores econômicos, diz engenheiro civil Ernani Guilhon
Ernani Guilhon destaca a força do segmento da construção civil como indutor da economia nacional, e no Pará, não é diferente. “A construção civil é um motor, é um indutor (econômico), a partir do momento que você começa um prédio ou uma obra, ela movimenta vários setores da economia, como prestadores de serviços, fornecedores de materiais, e é como se fosse uma grande roda. Ela gira em torno daquele empreendimento, trazendo prosperidade para todos os setores da economia local”.
A Porte Engenharia está fazendo o prédio número 28 em Belém. “Nosso perfil, da nossa obra, dos nossos prédios, é para atender os clientes que buscam empreendimentos de alto padrão, que exigem uma excelente localização e que procuram o máximo dentro do prédio, com o maior número de itens de lazer, comodidade e conforto”, disse Ernani.
De acordo com o Sinduscon Pará e a consultoria Brain Inteligência Estratégica, além da alta de 17% em lançamentos verticais em Belém, ou seja, condomínios verticais, prédios de apartamentos e estúdios, o volume geral de vendas também cresceu.
No 1º semestre, Belém vendeu 727 unidades; Ananindeua, 460
O levantamento observa que Belém registrou 727 unidades vendidas, uma variação positiva de 14% sobre 2024, e Ananindeua contabilizou 460 unidades, o que representa um aumento expressivo de 99%.
“No Valor Geral de Vendas (VGV), Belém movimentou R$ 1,124 bilhão no período, alta de 65% em relação ao primeiro semestre de 2024. Já em Ananindeua, o VGV chegou a R$ 95 milhões, crescimento de 904% na mesma base de comparação”, informa o estudo.
A pesquisa mostra a evolução dos preços na capital paraense: o metro quadrado médio dos imóveis residenciais verticais alcançou R$ 11.931 no segundo trimestre de 2025, registrando valorização de 26% desde o início de 2022. Os imóveis de quatro dormitórios puxaram essa alta, com preço médio de R$ 14.780/m², representando avanço de 33% no período.
Vendas do Minha Casa, Minha Vida aumentaram 821% em Ananindeua
Sempre considerando o 1º semestre deste ano, o levantamento evidencia o papel de destaque do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Em Ananindeua, as vendas de unidades enquadradas no programa cresceram 821% em relação ao primeiro semestre de 2024, o que confirma a relevância do programa para famílias que buscam o primeiro imóvel.
Quanto a Belém, embora o programa tenha menor representatividade no mercado, ele continua presente: o MCMV respondeu por 13,4% dos lançamentos e 6,7% das vendas no primeiro semestre de 2025, além de 5% da oferta final disponível na cidade.
Em relação ao tipo de unidades, a maior parte da oferta em Belém concentra-se em imóveis de dois dormitórios (45,8%), enquanto em Ananindeua esse perfil responde por 69,9% dos lançamentos disponíveis. Já quanto ao padrão, destacam-se em Belém os empreendimentos standard (27,9%) e luxo (17,7%), enquanto em Ananindeua predomina o segmento econômico (54,7%), vinculado principalmente ao Minha Casa Minha Vida.
O Censo ainda mostra que bairros como Umarizal, Pedreira, Marco e Batista Campos lideram em lançamentos e vendas na capital, confirmando-se como áreas de maior dinamismo no setor.
Principais números do Censo Imobiliário - Belém / Ananindeua
Com dois dormitórios Padrão Básico Padrão Luxo MCMV
Belém (45,8%) (27,9%) (17,7%) ----
Ananindeua (69,9%) ----- ------ (54,7%)
Fonte: Sindicato da Indústria da Construção do Pará (Sinduscon-PA).
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