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Comércio paraense é o 4º estado que mais cresceu em 2021, aponta pesquisa

Apesar das dificuldades com a pandemia, comerciantes viram melhora no faturamento em relação a 2020, mas inflação e dólar diminuíram lucros

O Liberal

O comércio paraense registrou uma alta de 7% no ano de 2021 em relação a 2020. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, a variação mensal entre novembro e dezembro do ano passado foi de 0,5%, o que garantiu uma pequena recuperação para o setor no Estado, já que o índice ficou negativo em novembro de 2021, na faixa dos -2,9%. 

O crescimento em dezembro, porém, foi de 13,5% em relação a dezembro de 2020. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e foram publicados nesta quarta-feira (9).

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Apesar de ter um índice positivo, dezembro ficou com uma porcentagem menor frente aos meses que tiveram a maior variação de 2021 - maio (43,8%) e abril (40,6%) - atingindo o oitavo lugar na variação dos meses do respectivo ano. 

Nem relação aos outros estados brasileiros, o Pará alcançou o sexto lugar na tabela dos estados pesquisados em dezembro, atrás do Mato Grosso do Sul (4,1%), Espírito Santo e Rio Grande do Sul (ambos com 3,8%), Roraima (3,2%) e Tocantins (1,7%).

Já em todo o ano, o comércio paraense foi o quarto que mais cresceu, perdendo apenas para os estados do Piauí (9,8%), Amapá (8,5%) e Rondônia (7,1%).

A empresária Sandra Silva tem 32 anos de experiência no varejo e conta que o ano foi desafiante para os comerciantes, que precisaram demonstrar resiliência e sabedoria para lidar com os altos e baixos da economia em tempos de pandemia de covid-19.

Ela afirma que em 2020 as lojas e espaços de lazer fechados provocaram um aumento exponencial no consumo de alguns setores, como o de eletrodomésticos, obras e tecnologia.

"E também teve incremento do auxílio emergencial. A partir de junho de 2021 as coisas começaram a ser liberadas, com alguns segmentos melhorando por conta da vacina, como os shoppings. Aí sim teve um crescimento real, mas este crescimento não foi tão significativo ainda. Houve um crescimento real foi para setores ligados à saúde, bem estar, academia, fisioterapia. O varejo desaqueceu em termos de consumos de bens que eram consumidos na pandemia. Já os segmentos de lojas tiveram um crescimento normal na época de Natal, quando já era possível se confraternizar. O Pará se destacou mas não foi um crescimento como um todo, ele foi distribuído em diversos segmentos", avalia Sandra. Isso é porque, na opinião dela, a inflação e a disparada do dólar impactaram diretamente a relação entre lojistas e fornecedores.

Para 2022, Sandra revela otimismo por conta da ampliação constante do número de brasileiros vacinados contra a covid-19. Ela acredita que ao passo em que a pandemia for superada, a economia deverá entrar nos trilhos novamente.

Segundo ela, é importante estar atento a este movimento, pois os costumes e hábitos de consumo estão mudando cada vez mais rápido, então o comerciante precisa estar antenado ao modelo de demanda apresentado pelos clientes.

O empresário Maurício Almeida concorda. Ele afirma que a internet transformou as necessidades das pessoas e que tudo ficou mais imediato. 

"Hoje você tem mais pessoas olhando vitrines virtuais do que vitrines físicas. O comércio só sobreviveu durante a pandemia por conta deste novo hábito possibilitado pela internet e isso só cresce. Acho que em 2022 a pedida será continuar investindo em internet, redes sociais, entregas. Acho que o varejo vai crescer. É a minha expectativa", conta. 

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