Com 12ª perda seguida, bolsa de valores do Brasil tem pior série desde 1970
Ao longo da tarde, cedeu à tendência negativa do exterior, encerrando o dia com uma queda de 0,50%
Nesta quarta-feira, apesar de sinais de cautela nos mercados globais, o Ibovespa parecia resistir a uma sequência de perdas, porém, ao longo da tarde, cedeu à tendência negativa do exterior, encerrando o dia com uma queda de 0,50%, marcando sua 12ª perda consecutiva. Essa série de perdas consecutivas não ocorria desde 1970, como relatado pelo AE Dados.
O índice encerrou abaixo dos 116 mil pontos, fixando-se em 115.591,52 pontos, seu nível mais baixo desde junho de 2022. No acumulado da semana, o Ibovespa já recuou 2,10%, enquanto no mês a queda é de 5,21%, limitando seu crescimento anual a 5,34%. O volume financeiro da sessão atingiu R$ 48,8 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre o índice.
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O declínio abaixo dos 116 mil pontos abre caminho para uma possível continuação da correção em andamento, com o Ibovespa perdendo o terreno conquistado após encerrar julho próximo aos 122 mil pontos. A faixa dos 116 mil pontos, que servia como referência de suporte, foi rompida, podendo levar o índice ainda mais baixo em direção aos 110,5 mil pontos.
Petrobras conseguiu se manter parcialmente resiliente
A reunião do Federal Reserve destacou a importância de manter as taxas de juros restritivas nos Estados Unidos até que a inflação retorne à meta de 2% a.a. Ainda que essa comunicação tenha impactado os preços do petróleo, a Petrobras conseguiu se manter parcialmente resiliente, contribuindo para a recuperação do Ibovespa durante a quarta-feira. Ações da Petrobras tiveram altas de 2,95% (ON) e 2,20% (PN).
O cenário econômico enfrenta incertezas tanto domésticas quanto internacionais. Além da preocupação com a economia chinesa, há atenção voltada para questões fiscais internas, como a votação do arcabouço fiscal e a proposta de Orçamento de 2024. Nos Estados Unidos, o efeito dos juros sobre a economia e empresas é monitorado, especialmente considerando o nível atualmente esticado dos ativos em bolsa.
O Federal Reserve apresentou uma abordagem mais "hawkish", indicando a possibilidade de futuros aumentos nas taxas de juros. No entanto, essa abordagem ainda está sujeita à evolução dos dados econômicos. As incertezas sobre a inflação, mercado de trabalho e indicadores econômicos serão fatores determinantes para as próximas decisões do banco central americano.
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