CNU: adiamento da prova serve para focar na preparação, dizem professores

Prova nacional conhecida como Enem dos Concursos seria aplicada no dia 5 de maio, mas foi adiada para agosto por conta das inundações no Rio Grande do Sul

Gabriel da Mota

Com a mudança na data da prova do Concurso Nacional Unificado (CNU) — de 5 de maio para 18 de agosto, por conta das inundações no Rio Grande do Sul —, quem já estava inscrito no certame ganhou tempo de preparação para o “Enem dos Concursos Públicos”. Professores afirmam que os três meses pela frente servem para manter o foco ou até mesmo para iniciar os estudos, desde que a dedicação seja de, no mínimo, 6 horas diárias. 

A mentora e professora de Direito Administrativo, Carol Abreu, diz que a preparação para concursos “é construída diariamente, mas, tem mais eficiência quando o aluno consegue estudar com base na banca e no tipo de prova”. No caso do CNU, organizado pela Fundação Cesgranrio, são oito blocos temáticos; cada um com edital específico. “Esse tempo que ainda resta pode fazer muita diferença. As matérias do CNU são atípicas, o que acaba diferenciando quem estuda ou não especificamente para esse concurso”, acrescenta. 

O professor de Redação, Elton Marinho, afirma que o tempo médio de preparação para o candidato que já possui alguma base de estudos é de três meses. “Para aqueles que possuem um tempo maior diariamente, este intervalo pode até ser reduzido”, garante. A recomendação para quem se inscreveu no CNU, mas não se preparou, é estudar entre 6 e 8 horas por dia. No caso específico dos candidatos do Bloco 8 (o único que exigirá redação), o professor ressalta que a proposta de texto dissertativo-argumentativo será baseada no conteúdo programático. “Ao estudar para a prova objetiva, consequentemente, estará se preparando para a prova discursiva”, conclui Elton.

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Resumos e checagem de informações

A estudante de doutorado Mirley Santos, de 32 anos, está se preparando para o CNU desde que o edital foi lançado, em janeiro deste ano. Em busca de cargos na área da comunicação, onde possui formação, ela se inscreveu no Bloco 7 (Gestão Governamental e Administração Pública). “O edital me pareceu bem confuso, no início, mas depois consegui analisar os blocos e as vagas disponíveis para as regiões que me interessam”, conta.

Mirley diz que está se dedicando intensamente ao CNU. “Durante o dia, faço um cronograma de 5 horas de estudos. Durante a noite, quando tenho um tempo livre, faço revisões. Infelizmente, não tenho como estudar todos os dias, porque também tenho que conciliar com os estudos do doutorado. Mas, entendo que é uma oportunidade única, e faço valer a pena cada hora estudada”, afirma.

Sobre o foco dos estudos, ela diz que está atenta aos assuntos voltados à inclusão social. “Outro tema que estou apostando é sobre desinformação na era digital, as famosas ‘fake news’, assim como assuntos relacionados à Lei de Proteção de Dados”. Para quem tem uma rotina corrida, Mirley sugere ouvir podcasts, assistir a vídeo aulas e fazer resumos dos assuntos. Além disso, ela diz: “Tenha cuidado com as fontes. Sempre verifiquem as informações sobre qualquer assunto, já que atualidades fazem parte da maioria dos conteúdos de concursos públicos”.

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