Caminhão do ‘Serasa na Estrada’ oferta serviços de consulta financeira até sábado, em Belém

O atendimento é gratuito, de 9h às 18h (até sexta) e de 9h às 13h, no sábado (27). Cerca de 2,5 milhões de paraenses estão inadimplentes; 660 mil só em Belém

Gabriel da Mota

Desde hoje (23), até o próximo sábado (27), o caminhão do projeto “Serasa na Estrada” ficará estacionado na Praça Dom Pedro II, bairro da Cidade Velha, em Belém, oferecendo orientação gratuita sobre finanças pessoais. A unidade móvel já passou por 17 cidades brasileiras desde agosto de 2023, e chegou esta semana à capital paraense para atender à população no horário de 9h às 18h (até sexta), e de 9h às 13h, no sábado. Negociação de dívidas, consulta de pontuação de crédito e solicitações de empréstimos e cartões de crédito são os serviços disponibilizados pelo projeto. No primeiro dia de ação, realizado esta terça-feira, foram realizados 505 atendimentos, resultando em 654 acordos fechados, de acordo com o Serasa. A diferença no número de acordos fechados dá-se porque uma parte das pessoas atendidas possuem mais de uma dívida e fizeram mais de um acordo. 

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De acordo com a Serasa, mais de 660 mil belenenses estão inadimplentes, acumulando mais de R$ 3,3 bilhões em dívidas. No Pará, são 2,5 milhões de pessoas com dívidas em atraso, o que representa 38,54% da população adulta. Apesar de estar abaixo da média nacional (43,35%), o número ainda é alto, de acordo com Gabriel Cantu, coordenador da Serasa. A faixa etária mais inadimplente entre os paraenses vai de 26 a 40 anos (36%). Em seguida, as pessoas entre 41 e 60 anos (33,8%); acima de 60 anos (15,6%); e até 25 anos (14,6%).

image O coordenador da Serasa, Gabriel Cantu, explica que serviços de educação financeira também estão sendo ofertados para evitar a volta à inadimplência (Foto: Marx Vasconcelos | Especial para O Liberal)

“A gente veio com duas propostas: tanto a renegociação de dívidas, em que o consumidor chega e já consegue ver se tem alguma dívida, se tem alguma oferta que possa limpar o seu nome na hora; e também levar um pouco de educação financeira. De nada adianta apenas limpar o seu nome e, logo na sequência, ficar inadimplente novamente. Tem que manter o nome limpo para que o acesso ao crédito seja facilitado”, explicou Cantu, durante o início dos atendimentos na manhã desta terça-feira (23). 

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Qualquer documento com foto, contendo CPF, pode ser apresentado pelas pessoas interessadas em utilizar o serviço gratuitamente. De acordo com o representante da Serasa, mais de R$ 102 milhões já foram concedidos em descontos desde que o projeto iniciou, em Porto Alegre (RS). “Os descontos podem chegar até 90%, com parcelamento até 72 vezes e o consumidor já sai daqui com um boleto, para fazer o pagamento numa casa lotérica, banco, aplicativo de celular; ou pode pagar via QR Code de Pix”, explicou o representante da Serasa. A única cidade paraense a receber o caminhão da Serasa será Belém. Em seguida, o projeto seguirá para Manaus, no Amazonas. 

image O caminhão da Serasa já percorreu 17 cidades brasileiras e ficará em Belém até sábado, na Praça Dom Pedro II, na Cidade Velha (Foto: Marx Vasconcelos | Especial para O Liberal)

O servidor público Gilvandro Souza, 43 anos, foi à unidade móvel da Serasa tentar resolver uma dívida feita em seu nome, por outra pessoa. “Eu vim verificar uma dívida que eu tenho em uma empresa de aluguel de carros aqui da cidade. Achei que o contrato tivesse sido cancelado, mas continuou e agora veio a surpresa”, contou Gilvandro. O servidor estava em busca do maior percentual de desconto possível, e diz que preferiu ir pessoalmente para tirar todas as dúvidas referentes à cobrança que está recebendo. “Eu vim ver se realmente vai ter descontos, se vai ter essa facilitação pra pagar”, explicou. 

O aposentado Leonel Barbosa, 64 anos, estava na fila da prioridade esperando para consultar as pendências que possui em bancos e com cartões de crédito. Este é o setor com maior parte de dívidas no estado: 30,28%. Além disso, ele conta que foi vítima de um golpe digital: pagou um boleto falsificado de uma conta telefônica. “Eu vi pela internet um aplicativo que dizia que limpava o nome. Apareceu até o logotipo da empresa [de telefone]. Eu paguei pela internet o boleto, e depois vieram me cobrar de novo o que eu já tinha pago. Era fake”, relatou o aposentado.

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