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Café, carne e leite puxam alta da inflação em Belém, aponta IBGE

Consumidores paraenses falam sobre o que mais pesou no bolso nesse último mês e quais as estratégias para lidar com o alto custo de vida na capital.

Gabi Gutierrez
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O mês de abril de 2025 trouxe um novo alerta para o orçamento das famílias paraenses. Dados do IPCA, divulgados pelo IBGE, revelam que a inflação em Belém foi impulsionada por aumentos expressivos nos preços de alimentos e serviços básicos. Itens como café, carne e leite lideram as altas, pressionando o custo de vida na capital paraense.

Aumento de preços em alimentos pressiona famílias em Belém

Segundo o IBGE, a inflação na capital foi fortemente impactada por elevações nos preços de frutas (+4,5%), carnes (+3,8%) e leite e derivados (+3,2%). Esses produtos, essenciais no dia a dia da população, têm efeito direto no bolso do consumidor.

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IPCA de abril de 2025 aponta vilões da inflação: cebola, tomate e carne

Entre os principais responsáveis pela alta no IPCA de abril de 2025, destacam-se:

  • Cebola: +18,5%

  • Tomate: +15,2%

  • Batata-inglesa: +12,8%

  • Alface: +10,5%

  • Carne bovina tipo patinho: +9,3%

Esses aumentos estão ligados à entressafra, ao custo do transporte e a condições climáticas adversas que afetaram a produção agrícola.

Inflação acumulada em 12 meses também preocupa

A análise do IBGE mostra que a inflação acumulada em Belém nos últimos 12 meses é ainda mais alarmante. Os principais itens em alta são:

  • Tomate: +48,65%

  • Cebola: +47,35%

  • Açaí: +26,27%

  • Feijão-mulatinho: +24,04%

  • Alho: +19,28%

O açaí, símbolo da alimentação amazônica, é um dos produtos com maior elevação de preço no período.

Impacto direto na vida dos consumidores

Para o autônomo Dionilson Pantoja, de 66 anos, o aumento do café foi o primeiro sinal de alerta.“Depois, vieram a carne, o peixe e o leite. São itens básicos que não podem faltar na mesa”, afirma.

Ele conta que precisou adaptar os hábitos para manter o orçamento. “Antes, dava pra comer carne duas vezes na semana, agora é uma só. Leite, a gente economiza nos pratos”, explica.

Já o técnico de enfermagem Hélio Seawright Neto, de 60 anos, diz que os aumentos apertaram o orçamento da família: “A gente tenta equilibrar indo a vários lugares, procurando onde está mais barato, comprando em menor quantidade.”

Ele e a esposa gastam cerca de R$ 1.000 por mês só com alimentação.

Outros aumentos: transporte, energia e saúde também pesam

Além dos alimentos, outros itens tiveram alta em abril, agravando o cenário da inflação em Belém:

  • Energia elétrica residencial: +2,9%

  • Gás de botijão: +2,5%

  • Gasolina: +2,7%

  • Transporte público: +1,8%

  • Produtos farmacêuticos: +2,3%

  • Planos de saúde: +1,5%

  • Educação (cursos regulares): +1,2%

Para Dionilson, o aumento da gasolina foi um dos mais pesados:“Eu uso demais e tive que mexer nas contas pra conciliar tudo.”

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