Tucuruí é no Marajó? Série Pssica comete erro, corrige e gera polêmica nas redes sociais
Produção baseada na obra de Edyr Augusto confunde localização de Tucuruí e atribui título de "capital do búfalo" ao município errado, gerando debate sobre representação da Amazônia paraense

Lançada na última quarta-feira (20), a série Pssica, da Netflix, retrata o tráfico humano, a corrupção e a luta por justiça na região da Amazônia paraense. Baseada no livro homônimo do escritor paraense Edyr Augusto, a produção alcançou rapidamente o topo da lista de séries mais assistidas da plataforma.
Apesar do sucesso, a série gerou críticas nas redes sociais devido a erros geográficos envolvendo cidades do estado do Pará, como Tucuruí e Breves, o que gerou debate entre os espectadores, especialmente os paraenses.
Onde fica Tucuruí? Município é citado erroneamente em série da Netflix
Um dos principais erros notados pelos espectadores foi a afirmação de que Tucuruí estaria localizado na Ilha do Marajó, o que não condiz com a realidade geográfica. Tucuruí está, na verdade, situado no sudeste do Pará, às margens do Rio Tocantins, e não faz parte do arquipélago do Marajó.
A polêmica ganhou força após a publicação do jornalista paraense Kadu Alvorada, que questionou se a citação seria uma “licença poética ou falta de geolocalização”. Após a repercussão negativa, a descrição do local foi corrigida na plataforma da Netflix para “Tucuruí, Pará”.
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Quais municípios pertencem ao Arquipélago do Marajó?
O Arquipélago do Marajó é considerado o maior arquipélago de mar e rios do mundo, com aproximadamente 3 mil ilhas e ilhotas. Localizado no estado do Pará, possui uma área estimada de 40.100 km² e é formado por 17 municípios:
- Anajás
- Bagre
- Breves
- Cachoeira do Arari
- Chaves
- Curralinho
- Gurupá
- Melgaço
- Muaná
- Oeiras do Pará
- Ponta de Pedras
- Portel
- Salvaterra
- Santa Cruz do Arari
- São Sebastião da Boa Vista
- Soure
Essas informações são confirmadas pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e ajudam a esclarecer as imprecisões apresentadas na série.
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Apesar do impacto positivo e da visibilidade gerada pela série Pssica, os erros geográficos cometidos pela produção da Netflix sobre o estado do Pará causaram desconforto entre o público local. Produções audiovisuais que retratam regiões específicas do Brasil precisam prezar pela precisão cultural, geográfica e profissionais locais, especialmente quando se propõem a representar realidades complexas como as da Amazônia.
(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de oliberal.com)
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