Em entrevista exclusiva, Tony Ramos fala sobre personagem em ‘Terra e Paixão’, da Globo, e parceria com Glória Pires

Ator aproveitou para destacar seus amor por novelas e séries e aprendizado com o paraense Daniel Munduruku, que faz parte do núcleo indígena da novela

Bruna Dias
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Longe das novelas desde 2019, Tony Ramos retorna ao horário nobre em ‘Terra e Paixão’, que é escrita e criada por Walcyr Carrasco. A novela, com estreia marcada para 8 de maio, terá o ator fazendo par com Glória Pires. Ele será Antônio La Selva, o maior produtor rural da região de Nova Primavera, cidade fictícia onde a trama é ambientada.

Antônio é pai de Caio (Cauã Reymond), com a primeira esposa, Agatha, e culpa o jovem pela morte da mãe no pré-parto. Agora ele é casado com Irene (Glória Pires), com quem teve mais dois filhos, Daniel (Johnny Massaro) e Petra (Debora Ozório).

O ruralista quer tomar as terras de Aline (Barbara Reis), que foram desmembradas da sua propriedade há muitos anos, porque nelas há água. Ela terá ao seu lado Caio, o que vai gerar novos confrontos com o pai Antônio La Selva.

Antes disso, Tony Ramos retorna ao humor e ganha a tela da Globoplay, dando vida novamente a Madurão, na segunda temporada de ‘Encantado’s’, que estreia no próximo dia 02. Uma pessoa de caráter duvidoso que promete atrapalhar os planos de Eraldo e Olímpia, Madurão é o bicheiro e maior empreendedor do bairro. Dono de vários comércios na região, entre eles a fábrica de gelo GelOba, ele é obstinado a expandir seus empreendimentos pela região.

Um dos grandes desejos de Madurão é comprar o terreno do Encantado’s para construir um cassino clandestino, mas para que isso ocorra, ele se infiltrou na família por meio de Dona Ponza.

Tony Ramos atua há quase 60 anos, ele ajudou a escrever a história da televisão brasileira. Com personagens icônicos, ele já esteve no elenco de novelas como Laços de Família (2000), Mulheres Apaixonadas (2003), Paraíso Tropical (2007), Caminho das Índias (2009), Avenida Brasil (2012), A Regra do Jogo (2015), Tempo de Amar (2017) e O Sétimo Guardião (2018).

Com muito bom humor e simpatia, ele conversou com exclusividade com o Grupo Liberal, na festa de lançamento de ‘Terra e Paixão’, que ocorreu esta semana no Jockey Club, no Rio de Janeiro. Confira!

1 – Tony, você falou muito sobre os mistérios que envolvem ‘Terra e Paixão’. Como seriam eles?

TR: (risos), se eu dissesse, já mataria toda a história. Os mistérios não se explicam, eles vão acontecendo. É que quando a gente vai começar uma novela recebemos uma sinopse, que é um resumo, a nossa tem cento e tantas páginas, e ali está escrito, enfim... mistério esse, mistério aquele, o que eu não posso revelar aqui! E depois o escritor, o grande Walcyr Carrasco foi colocando para cada um de nós o que cercava cada personagem. Obviamente, eu sei de alguns mistérios, de outros personagens não sei quais são, mas eu só posso garantir uma coisa: uma novela eletrizante, surpreendente.

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2 - Você está em ‘Encantado’s’, uma série de humor, mas também tem falado bastante sobre o quando é divertido gravar ‘Terra e Paixão’, destacou o humor da Glória Pires. Como é essa relação entre vocês, que estão juntos em mais uma novela?

TR: Nós temos uma amizade. O Orlando, marido dela, e a Lidiane, minha mulher, nós quatro temos uma amizade de muitos anos também. Então contracenar para nós é a continuidade dessa amizade. Só que quando começa um filme ou uma novela, você começa do zero com a personagem, é o que está acontecendo. Então, ela é uma atriz de tantos recurso técnicos, de tanto bom humor e de tamanha generosidade, só podia dar certo essa parceria porque a gente conhece bem o tempo dramático de cada um e isso facilita muito no dia a dia. É bom reencontrar uma colega tão transparente e profissional como ela.

3 – Agora fala um pouco sobre o Antônio La Selva...

TR: Já falei sobre esses mistérios que o envolvem! Quando me perguntam se ele é um vilão... se for aquele de capa e espada, de filme de época, eu digo que não é. Antônio La Selva é de vilanias a partir daquele que ele quer alcançar, então ele tem uma ambição desmedida, o que vai para a vilania. O irmão dele mais jovem, que é o Ademir La Selva, vivido por Charles Fricks, é tão rico quanto ele, mas não comete esses atos de vilania, aí que está a surpresa e os porquês.

4 – Citastes bastante a trama de algumas séries para explicar histórias envolvendo mistérios, tu és um expectador de séries?

TR: E de novelas também, se você quiser eu te conto tudo sobre ‘Travessia’ (atual novela das 9) e ‘Mar do Sertão’. Tem também, ‘Vai na Fé’, que é uma ideia genial da Rosane Svartman (autora), o núcleo dos evangélicos, como ela fez, não é nada didático, mostra apenas fé e a paixão de cada religião que a pessoa queira ter. Glória Perez com grandes resultados em várias campanhas que ela aborda em ‘Travessia’, o menino que é adicto e viciado na internet, no computador, tem também a história da pedofília que ela trata, a ambição como ela trata. Então, eu sou um expectador de novela e te digo cenas que vi. Alguns dias eu não posso ver porque estou gravando a noite... Mas por exemplo, ‘Mar do Sertão’ era uma paixão para mim, às vezes eu pedia para a Lidiane: ‘grava o capítulo de hoje que eu quero vibrar com o Timbozinho, personagem do Enrique Diaz’. Eu posso te descrever qualquer série. Mas eu não maratono, não gosto de maratonar, gosto de saborear. Vejo no máximo dois episódios, ai amanhã outro, depois passo dois dias sem assistir, enfim, sou um espectador normal também!

5 – Em ‘Terra e Paixão’ tem o paraense Daniel Munduruku, que é uma figura importantíssima para o nosso Estado e país. Já contracenastes ou batestes um papo com ele? Daniel está em um núcleo muito importante da novela, que aborda os temas indígenas.

TR: Ainda não contracenei com o Daniel, mas já estive com ele, conversamos muito, ele me deu livros dele. O Daniel é um homem da maior importância para a cultura brasileira e não só para a indígena, mas para a cultura brasileira mesmo. Como eu sempre disse, há anos, o indígena não é só um brasileiro, ele é um brasileiro nato, o dona da terra, se é que podemos chamar de dono. Com o descobrimento e etc, com a chegada dos portugueses, a história foi se modificando. Mas é lindo ver o trabalho do Daniel Munduruku e de outros que também fazem parte do núcleo. Ainda não tivemos cenas, mas provavelmente teremos.

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