Surfando na onda da Barbie, baiana aposta em acarajé rosa e causa polêmica em Salvador

A nova trend do momento é apostar em detalhes na cor rosa em homenagem ao novo filme da Barbie. No entanto, algumas ideias envolvendo comidas estão causando polêmicas

Carolina Mota
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Em meio a onda cor-de-rosa que está dominando as redes sociais do mundo todo, muitos empreendedores estão apostando em inserir itens rosas em seus negócios, inclusive, no ramo culinário. No entanto, consumidores estão "estranhando" a nova prática, o que tem causado polêmica, como no caso que ocorreu em Salvador, com a venda de acarajé rosa.

A baiana Adriana dos Santos, de 45 anos, dona de um ponto de venda de acarajé e outros quitutes advindos da Bahia, postou nas redes sociais que recebeu um convite, desafiando-a a produzir um prato regional de acordo com o novo "marketing" envolvendo o filme. "Desafio aceito. Me desafiaram a fazer uma acarajé pink! Você comeria?", escreveu, sendo um dos assuntos mais comentados do local.

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Os frequentadores do mercado ficaram surpresos com a novidade. Muitos optaram por experimentar o "Acarajé da Barbie" e aprovaram o prato. Outros, viram a inovação como desrespeitosa com as tradições da região.

Um dos comentários feitos na publicação por um usuário dizia "por mim, vai à falência. Eu não compro!". Em outro, "Falta de respeito com um patrimônio".

Nota de Repúdio

Em Belém, admiradores do prato para além do seu consumo, como a valorização da história do acarajé, alimento de origem afro-brasileira, repudiaram o que chamam de "desfiguração" da iguaria.

Em um post, também no Instagram, feito por meio do perfil Acarajé da Juci D'oyá, uma das mais conhecidas do ramo em Belém, mostra descontentamento com as novas apostas envolvendo o acarajé.

"É com grande indignação e repúdio que nos manifestamos diante da desfiguração do acarajé (...) É muito mais do que um simples alimento. É um símbolo da resistência da cultura negra no Brasil", afirma um trecho.

Preparação

Nas próprias redes sociais, a proprietária da inusitada iguaria contou que para chegar na coloração, foi necessário fazer uso de anilina, um corante alimentício de alta concentração.

Nova onda da Barbie

Outros empresários do ramo alimentício também aderiram à moda, cujo é possível encontrar diversas receitas na cor pink, com pratos que variam desde os mais convencionais, como bolos, milk-shakes e doces, até os mais inusitados, como pizzas e hambúrgueres.

*(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)

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