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'Só Nazica' reúne imagens da Padroeira dos Paraenses com intervenções de artistas

O projeto da ONG Arte pela Vida comercializa as peças para assistência a pessoas com HIV e Aids.

Enize Vidigal O Liberal
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O exposição “Só Nazica” chega à 6ª edição este ano, com 52 imagens e mantos exclusivos de Nossa Senhora de Nazaré que receberam intervenções de diferentes artistas plásticos. O projeto realizado pela ONG Arte pela Vida visa a comercialização das obras para a assistência social de pessoas que vivem com HIV e Aids na Região Metropolitana de Belém. A exposição inicia nesta sexta-feira, 1º, e vai até o próximo dia 8 de outubro, no 2º piso do shopping Pátio Belém, das 10 às 22 horas.

“Têm várias obras interessantes (nesta edição), como a da Bia Cabral que retrata a fauna e a flora amazônicas e a de Jorge Eiró, os rios da região. João Cirilo homenageia a Marujada, de Bragança, com uma Nossa Senhora Maruja. E Marcelo Lobato pintou a imagem com textura de madeira e barro”, explica o coordenador do Arte pela Vida e organizador da exposição, Davidson Porteglio. A curadoria é de Aníbal Pacha.

Exposição Só Nazica

Outro destaque da mostra é a obra da nova artista Danoelly Cardoso, que faz referência à modelo recém assassinada em Ananindeua, Jordana Farias, com uma imagem de santa negra, que usa turbante e traz uma faixa de Miss Ananindeua aos pés.  Outro estreante, Rodrigo Reis, pintou a padroeira dos paraenses na cor do açaí e a colocou sobre uma cuia.

A exposição reúne obras de artistas consagrados, como Eliene Tenório, Eiró, Bia, Cirilo, Alexandre Sequeira (este em parceria com a mãe, Edna Netto Romariz), Roma, Jorge Bittencourt, Geraldo Teixeira e Lise Lobato, entre outros, além de contar com as criações de novos nomes da cena paraense das artes plásticas, como Laís Cabral e Tiago Jorge. “Pintei a santa com betume e fiz a coroa de cipó, numa abordagem mais amadeirada, rústica e orgânica. Tenho uma poética que trabalha as questões do coração, dos pássaros, da doação e o amor. Ela (imagem) traz nos pés tem uma joia vermelha em forma de coração!”, descreve Laís.

“Eu quis retratar uma mãe negra da periferia, que luta para criar os filhos e que nunca desiste. Ela tem o cabelo ‘black’ e o menino Jesus tem o cabelo pintado de loiro e usa boné. É eu vejo na minha comunidade, na Cremação”, conta Tiago. “Pra mim foi satisfatório colaborar com a exposição, pois foi através da ONG que consegui me aperfeiçoar na arte. Tudo começou com uma santinha que eu pintei para eles”, comemora. “São estreantes na exposição (eles), jovens talentos que estão acompanhando o Arte pela Vida e aceitaram o desafio de fazer a interferência na imagem da santa”, destaca Davidson.

Os valores das imagens são variáveis. Os pagamentos podem ser realizados com cartões de débito e crédito e também PIX. “A finalidade do projeto é arrecadar recursos para adquirir cestas para o natal às famílias atendidas pelo Arte pela Vida. Atualmente, atendemos 600 famílias, mas no natal, esse número triplica. São pessoas em extrema condição de vulnerabilidade”, reforça Davidson.

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