'Sina de Ofélia': música IA inspirada em Taylor Swift é removida do Spotify

Versão da canção atribuída às vozes de Luísa Sonza e Dilsinho ocupava o ranking das mais ouvidas no Brasil

Hannah Franco

31.12.25 15h24

“Sina de Ofélia”, versão de IA de Taylor Swift, é removida do Spotify (Reprodução/Redes sociais)

A música "Sina de Ofélia", uma versão brasileira gerada por inteligência artificial (IA) do hit "The Fate of Ophelia" da cantora americana Taylor Swift, foi removida do serviço de streaming Spotify. A faixa, que utilizava vozes atribuídas a Luísa Sonza e Dilsinho, estava entre as mais ouvidas no Brasil e já havia sido derrubada do YouTube.

A criação de "Sina de Ofélia" partiu de uma fã de Luísa Sonza que adaptou a canção de Taylor Swift, aplicando as vozes dos artistas brasileiros via IA. A faixa alcançou o #Top 47 das músicas mais ouvidas no país pelo Spotify antes de ser retirada.

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Não há clareza se a remoção da canção foi realizada pela equipe de Taylor Swift ou pelo próprio Spotify. Em setembro deste ano, a plataforma anunciou a implementação de novas medidas para conter o uso indevido da inteligência artificial (IA) em seu ambiente.

As diretrizes do Spotify visam aprimorar a fiscalização contra spam musical, intensificar a proteção contra imitação de artistas e exigir maior transparência no uso da IA nos créditos musicais. O objetivo, segundo a empresa, não é penalizar o uso criativo da tecnologia, mas sim coibir práticas enganosas que possam prejudicar tanto artistas quanto ouvintes.

“Nosso foco é barrar spam, fraude e clonagem indevida de vozes”, destacou Charlie Hellman, chefe global de música vertical do Spotify, em coletiva. As vozes de Luísa Sonza e Dilsinho na faixa "Sina de Ofélia" também foram geradas por inteligência artificial.

Repercussão e direitos autorais

A letra da música "Sina de Ofélia" é inspirada na personagem Ofélia da peça "Hamlet", escrita por William Shakespeare. Diante da repercussão do uso de IA, Luísa Sonza e Dilsinho não se pronunciaram sobre a possibilidade de gravarem uma versão oficial da canção. É provável que essa versão nunca seja concretizada.

Apesar da polêmica, Luísa Sonza chegou a participar da viralização da canção, gravando um vídeo no TikTok dublando sua parte na música.