Rose Maiorana estreia o videocast 'Lib Arte', neste sábado, 16
O primeiro episódio traz um bate-papo extrevertido e revelador com o artista plástico Marinaldo Santos

Neste sábado, 16, às 14h, a artista plástica e empresária Rose Maiorana estreia o videocast “Lib Arte”, no Libplay, sua primeira inserção no audiovisual como apresentadora. “Lib Arte” é um espaço de bate-papo com artistas famosos e estreantes de variadas expressões, como pintura, cerâmica, bordado, música e outros, que promete alargar os horizontes dos internautas sobre a produção artística paraense, os processos criativos, as tendências e as histórias de vida dos entrevistados. No primeiro episódio, o conceituado Marinaldo Santos, vencedor de várias edições do Salão Arte Pará, conta a sua trajetória.
Após o lançamento da primeira exposição “Explosão de Cores”, em dezembro passado, Rose Maiorana passou a ser procurada por vários artistas, especialmente da nova geração, que desejam apresentar os seus trabalhos. A ideia do videocast surgiu como oportunidade para falar de arte com quem entende, com quem produz e também com fornecedores de equipamentos, materiais e serviços para essa produção.
“Na verdade, você já nasce artista, os caminhos vão aparecendo e você vai encontrando seu espaço”, inicia falando Marinaldo, que começou a carreira em 1984, em Belém. Ele detalhou que “testou” a potência da produção dele em salões de arte em vários estados que o Arte Pará teve papel importante nesse processo.
“O meu trabalho sempre foi com muita luta. Tive que parar de estudar para trabalhar em uma fábrica de castanha (quando criança), saí com 15 anos de casa e depois comecei a encontrar meu caminho como artista”, revelou. “Eu percorro muito a cidade (Belém), 2 a 3 horas por dia, que, além da questão (saúde) física, é para buscar materiais que ninguém quer para o meu trabalho”, contou o artista paraense, que já fez exposições em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e outros estados, assim como nos Estados Unidos (Miami e Nova York), Alemanha, França e Portugal.
Na capital paraense, ele possui um ateliê que costuma ser visitado pelo público, incluindo alunos de arquitetura e arte. “90% do meu trabalho é (de material) reciclado. Em casa, sobra uma tampinha de tempero e eu vou guardando, lata de leite, garrafa de refrigerante, principalmente se for colorido, tendo usar para não ir para o lixo (...) Outra coisa é balão. É um negócio que, meu Deus do céu. O dono da festa, (que) vai estourar tudo, bota num saco e põe pra reciclar. A gente encontra muito resto de balão, Isso me dói muito, vai demorar muito tempo para sair da terra”, lamentou.
“O cenário do meu trabalho é aqui (em Belém)”, afirmou o artista, que planeja residir uma temporada em São Paulo. “Eu tinha vontade de passar um tempo em São Paulo e ver como eu ia criar esse novo caminho no meu trabalho, porque é uma cidade acelerada e Belém é calma e isso me dá uma inspiração muito grande”, detalha, destacando a paisagem, os rios de água barrenta, os casarios históricos e o Ver-o-Peso que influenciam a produção artística dele.
Escolhido para o episódio de estreia, Marinaldo Santos foi professor de pintura de Rose Maiorana, com quem ela mantém uma amizade de 15 anos. “A entrevista fluiu, foi muito boa. Conseguimos bater um papo legal sobre a vida dele, como começou na arte, o processo criativo dele e também o lado social. O Marinaldo tem um projeto em que ele deposita alimentos na árvore em frente à casa dele para as pessoas que passam privações”, conta a apresentadora.
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