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Rodrigo Briveira lança o novo livro ‘Antilhas’

O autor revela o arquiélago poético de temas que o atravessam, como pandemia, amor e morte.

Enize Vidigal
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O poeta e professor de Literatura Rodrigo Briveira lança o livro “Antilhas” (Caravana Grupo Editorial), nesta quarta-feira, 8, no Núcleo de Conexões Ná Figueredo, a partir das 19h. “Antilhas” não é propriamente o primeiro livro dele, que estreou em 2017 com “Deve ter fim"(Edições 1/4), em uma publicação costurada à mão que se propunha a ser um “livro-objeto”. Com a nova obra, publicada por uma editora, Briveira sai da própria ilha para alçar voos mais longos.

“Durante o ano de 2019 até final de 2020, comecei a organizar alguns poemas que formariam o corpo do ‘Antilhas’, uma obra em que busco consolidar meu idioma (é como me refiro ao meu estilo, algo muito próprio de um poeta), buscando uma forma em que eu pudesse me espelhar, me reconhecer melhor”, descreve o autor.

Parte dessa fase produtiva se deu dentro do contexto da pandemia, em que Briveira cumpriu o isolamento social ou a “reclusão social obrigatória”, como ele descreve. “Falo (nesses poemas da pandemia) da minha relação com alguns acontecimentos que me marcaram em meu exílio em minha própria casa, em meu próprio quarto. Reconheço que desobedeci a cartilha que muitos poetas tem ditado, ouvi pouquíssimas sugestões e me orgulho disso. Mas não digo que escrevi na solidão”, descreve ele, que trocou versos e impressões com amigos.

“Isso ajudou bastante na composição do ‘Antilhas’, queria fazer da palavra uma forma de me esquivar de qualquer sensação de estar ilhado”.

Para além da pandemia, “Antilhas” versa sobre muitos outros temas que inquietam o autor, como a morte, a dor, a vida, o amor, a amizade, o afeto, a resistência, a luta, a filosofia, a política e a relação amorosa. “Não me nego o lúdico e o experimentalismo na poesia”, observa.

O baú de poemas de Rodrigo Briveira foi consumido pelas páginas de “Antilhas”, entre textos originais revisados, reescritos ou ajustados ao momento criativo do escritor.

“’Antilhas’ é atravessado por uma poesia menos séria, hermética, porém mais sarcástica, irônica, pautando por um humor que se estende do amável ao ácido, em que busco fazer uso de alguns recursos como um sutil ritmo entre as palavras, o não uso de pontuações (exceto em perguntas), a ausência de maiúsculas no início de cada verso, gírias, etc”, antecipa.

“O que me move a fazer versos é a possibilidade que esse aprendizado me coloca, pois é o que me inquieta. Aliás, é a inquietação que me move, esse incômodo com o mundo, com as palavras, os acontecimentos, as percepções da realidade. A inquietação nos tira de um estado de imobilidade para o de mobilidade – é um movimento de vida. Sou um sonhador e a poesia me inquieta e alimenta minha cosmovisão”.

Agende-se:

Lançamento do livro de poemas “Antilhas”, de Rodrigo Briveira

Dia: Quarta-feira, 08

Hora: 19h.

Local: Núcleo de Conexões Ná Figueredo

 

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