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Professora Margaret Refkalefsky publica livro sobre a importância da ala das baianas no Carnaval

A obra surgiu a partir da tese de doutorado da escritora e exalta as diversas mulheres que desfilam na Sapucaí, no Rio de Janeiro

Juliana Maia
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Como forma de enaltecer a ala das baianas no Carnaval, a professora de teatro Margaret Refkalefsky escreveu o livro "Ala das baianas, alma da Sapucaí", um trabalho realizado a partir de sua tese de doutorado que retratou o corpo feminino em cena nas escolas de samba do Rio de Janeiro. O evento de lançamento da obra será realizado na quinta-feira (1), no Instituto de Ciências da Arte (ICA) da UFPA, ao lado do Teatro Waldemar Henrique, na Praça da República.

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Margaret é atriz, professora de teatro e pesquisadora. Em 2008, ela defendeu a tese focada nas mulheres do carnaval. Um ano depois, lançou seu primeiro livro sobre a temática, que ganhou o nome “Corpo e alma do desfile da Sapucaí”, uma análise sobre a rainha da bateria e a ala das baianas e a oposição nas vestimentas.

Ao visitar as escolas de samba do Rio, a escritora conheceu a fundo a história das baianas que desfilam na Sapucaí. A partir de então, Margaret decidiu que iria lançar um livro voltado a esta ala, considerada a maior, com cerca de 100 mulheres se apresentando anualmente. Então, surgiu a ideia de escrever o “Ala das baianas, Alma da Sapucaí”.

image A pesquisadora também chegou a desfilar em um dos carnavais do Rio de Janeiro (Foto/Divulgação/Margaret Refkalefsky)

"São mulheres que se dedicam à escola. Trabalham, participam de tudo, se apresentam, sabem a história. Elas levam muito tempo na vivência daquela escola. Nessa ala, as pessoas precisam ter pelo menos 70 anos e são a tradição da escola, assim como a velha guarda. Elas têm orgulho, se sentem muito importante nessa fantasia", conta. 

Processo

Depois de ficar encantada com a trajetória das baianas, a professora de teatro começou sua pesquisa e entrevistou mais de 50 mulheres na Unidos do Porto da Pedra, escola que agora retornou para o grupo especial das escolas de samba do Rio de Janeiro. Durante os encontros com as personagens, Margaret conheceu detalhes da trajetória das integrantes da ala, que enfrentam muitas vezes conflitos dentro de casa para realizar o sonho de ir à Sapucaí.

"Analisei o caso de pessoas que chegam a uma certa idade e as escolas descartam. Desfilar na Sapucaí é uma coroação para elas. Algumas estão na escola desde criança e agora, adultas, realizam o sonho de ser uma das baianas. Na conversa, elas discutiram religiosidade, machismo, como maridos que ficam chateados com suas escolhas. Me falavam o que a escola representava para elas e suas dificuldades para realizar o desejo de desfilar", relata.

Todo o processo, desde a coleta de campo com os depoimentos à finalização do livro, levou cerca de quatro anos. Margaret diz que deseja continuar estudando o Carnaval do Rio, mas, por ser um tema amplo, ela ainda irá decidir qual será seu próximo objeto de estudo.

Após o lançamento em Belém, a escritora levará sua obra para a escola que embasou todo o estudo. No dia 8 de março, unindo a comemoração do aniversário da Unidos do Porto da Pedra ao Dia Internacional da Mulher, o livro "Ala das baianas, alma da Sapucaí" será lançado em São Gonçalo, onde fica a sede da agremiação.

Serviço:

  • Lançamento do livro "Ala das baianas, alma da Sapucaí"
  • Dia: 1 de fevereiro
  • Horário: 19 horas
  • Local: Instituto de Ciências da Arte (ICA) da UFPA, ao lado do Teatro Waldemar Henrique, na Praça da República.

(*Juliana Maia, estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)

 

 

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