Produtora de Ruthetty presta homenagem à artista: 'vou honrar o legado dela'
Rute Gomes dos Santos foi encontrada morta dentro de uma casa em Belém. A morte dele é apurada sob sigilo pela Delegacia de Feminicídio (Defem).
Ciane de Moraes, produtora de Ruthetty, a rainha do tecnomelody, prestou uma homenagem para a artista, que foi encontrada morta dentro de uma residência no bairro da Marambaia, em Belém, na quarta (3/12). A morte de Rute Gomes dos Santos é apurada sob sigilo pela Delegacia de Feminicídio (Defem).
Ela lembrou os problemas que Ruthetty tinha com a esquizofrenia. “Eu insisti várias vezes nela. Não só pelo seu legado e talento, mas porque sabia da sua doença e limitações. Era teimosa e isso fazia parte da doença. Quando ela sumiu uma vez, quase enlouqueci! E quando a encontrei, comecei a chorar. E ela, com um sorriso doce, disse: ‘calma, Ciane. Eu estou bem! Vamos juntas?”, contou.
Moraes disse também que, junto com o irmão e a companheira dele, tentava internar a cantora. Porém, com o avanço da doença, “não deu tempo” de buscar o tratamento. “Eu a amo e vou amá-la para todo o sempre. Vou honrar o legado dela”, afirmou.
Ciane também aproveitou para agradecer à prefeita de Oeiras do Pará, Gilma Ribeiro, por ter dado a oportunidade de que Rute se apresentasse no Festival do Camarão, no mês passado. Essa foi a última apresentação da artista antes de ela morrer.
Considerada um dos grandes nomes da música romântica e do tecnomelody paraense, Ruthetty conquistou o público com sucessos como “Viver de Ilusão” e “Amor da Minha Vida, Eterno Amor”. Sua voz marcou festas, rádios e os tradicionais bailes da saudade, consolidando seu papel na cena musical do Pará.
O velório de Rute ocorre a partir das 14h desta quinta-feira (4/12) na funerária Goldpax, que fica na travessa Lomas Valentinas, no bairro do Marco, em Belém . O corpo dela será sepultado nesta sexta (5/12), às 10h, no Cemitério Parque Memorial Metrópole, em Ananindeua, na Grande Belém, e a cerimônia será aberta ao público.
Morta a pauladas
Informações obtidas pelo jornalista Wesley Costa, da Rádio Liberal+, com fontes da Polícia Científica indicam que a artista teria sido golpeada na região da cabeça e que o principal suspeito é o ex-companheiro da cantora.
Segundo essas primeiras apurações, após o ataque, o suspeito teria tentado criar uma cena para simular um suicídio, chegando a vestir a artista e posicionar um tecido em seu pescoço, na tentativa de sustentar uma falsa narrativa sobre a morte.
A versão reforça as dúvidas levantadas pela família de Ruthetty, que nega a possibilidade de suicídio. Uma das irmãs da artista foi a primeira a chegar ao local e encontrou a casa bastante revirada. Em um vídeo que circula nas redes sociais, gravado por familiares, é possível ver manchas de sangue no ambiente, enquanto uma pessoa afirma que houve “luta corporal” e que “enforcamento não sai sangue”. Parentes também relatam que o celular da cantora está desaparecido desde a última sexta-feira (28/11).
Carreira e legado
No fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, a artista ganhou destaque nacional como “Rainha do tecnomelody”, levando o gênero a novos públicos. Em 2024, em entrevista ao Grupo Liberal, celebrou seu retorno aos palcos e a conexão afetiva do público paraense com seu trabalho.
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