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Poeta e historiadora Roberta Tavares lança ‘Mulheres de Fogo’, seu segundo livro

Nesta quinta-feira (30), na Casa da Linguagem, o público conta com sessão de autógrafos e roda de conversa com a participação de mulheres artistas convidadas

Thainá Dias

A poeta e historiadora paraense Roberta Tavares lança seu segundo livro, “Mulheres de Fogo”, nesta quinta-feira (30), a partir das 18h, na Casa da Linguagem, em Belém. Haverá a tradicional sessão de autógrafo da autora, além de leituras e uma roda de conversa sobre o novo livro com a participação de mulheres artistas convidadas: Wellingta Macêdo, jornalista, atriz e educadora social; Luzia Gomes, poeta, feminista negra, professora da Faculdade de Artes Visuais/UFPA; Janete Borges, professora de escola pública do Estado, membro do grupo Xamã Contadoras de Histórias; Karina Diaz, atriz, percussionista e graduanda em Língua portuguesa; Isabelle Pantoja, professora e pesquisadora, membro do Núcleo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA); Nai Cruz, mãe, poeta, terapeuta holística e cientista social.

De acordo com Roberta, a ideia do livro surgiu após a experiência de uma publicação independente artesanal em 2018. “Eu e meu editor decidimos fazer uma publicação de um zine e um dos poemas publicados lá se chamava ‘mulheres de fogo’, que deu título também ao próprio zine”, explicou.

Ainda segundo a autora, a publicação foi pensada e costurada pelo poeta e publicador independente Thiago Kazu. Com a experiência e repercussão do trabalho, a dupla pensou em um projeto para transformar o título “Mulheres de Fogo” em livro, então submeteram a ideia ao “Edital Preamar de Arte a Cultura de 2022” e foram contemplados com o prêmio.

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Ao ser questionada sobre as novidades do novo trabalho, Roberta afirma que o público terá todos os poemas do primeiro “Mulheres de Fogo” preservado na última parte do livro. “Além disso, terá também outros poemas inéditos e alguns outros que foram somente publicados em antologias e revistas eletrônicas. São poemas construídos em tempos distintos reunidos em um livro”, destaca.

Roberta afirma que sua poesia não dá voz a ninguém, e, sim, ecoa vozes de outras mulheres. “O que a minha poesia faz é colocar essas vozes em contato com mais pessoas no mundo. A importância também é de trazer para a imagem literária esses universos, e trazê-los em suas complexidades. As mulheres que caminham na minha literatura não são apenas mulheres fortes, são mulheres também sensíveis, com suas fraquezas”, ressalta.

A autora acredita ainda que a literatura tem o papel de dar o direito de humanidade para as pessoas, sobretudo, para as mulheres negras, no caso do livro. “A literatura tem o papel de trazê-las para o centro, não apenas como fortalezas, mas também com sensibilidade e direito a contradições como ser humano que são”. Para Roberta, uma sociedade justa é uma sociedade que também dá direito ao prazer da leitura. “É transformador fazer as pessoas entenderem que não são máquinas, e que o tempo da vida não é só trabalho e cansaço. Não deveria ser, e nesse sentido a literatura é transformadora”, define.

"Convido todo mundo para aparecer na Casa da Linguagem nesta quinta-feira (30), a partir das 18 horas. Teremos roda de conversa e leitura do meu livro ‘Mulheres de Fogo”. Convido e lembro a importância de prestigiar artistas que constroem no dia-a-dia os movimentos de literatura na cidade”, conclui.

Roberta Tavares é paraense, poeta e historiadora afroamazônida. Ela é declamadora de poesia, pesquisadora de escravidão e presença negra na Amazônia. É quilombola das margens do igarapé Cravo, no baixo rio Bujaru.

Agende-se
Lançamento do segundo livro “Mulheres de Fogo” de Roberta Tavares
Data: 30/03
Hora: 18h
Local: Casa da Linguagem (Avenida Nazaré, número 31)

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Cultura
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