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Quilombola Roberta Tavares lança livro de poemas nesta segunda-feira (30)

'Lugar de se morrer é também o poema' é realizado em parceria com o também poeta e artista gráfico Thiago Kazu

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Após publicar, em 2018, a obra independente “Mulheres de Fogo”, em formato de fanzine, a poeta e historiadora Roberta Tavares lança nesta segunda-feira, 30, seu primeiro livro de poemas, “Lugar de se morrer é também o poema”, projeto aprovado pela Lei Aldir Blanc, em parceria com o também poeta e artista gráfico Thiago Kazu.

O livro traz 35 poemas que refletem sobre a poesia como espaço diverso, de entendimento da vida enquanto ciclo de fim e renovação constante, de luta e busca por liberdade.

O lançamento ocorrerá na página da artista na rede social Instagram, @robertaraizes, às 20h30. Será realizado um bate-papo com mediação da atuante cênica e intérprete Karina Dias, e participações do poeta e compositor Hugo Caetano e de Thiago Kazu.

O objetivo é divulgar de forma mais ampla o livro, que já vem sendo vendido desde maio deste ano, e encerrar o ciclo de lançamento da obra. A autora anunciará, em breve, a publicação de um segundo trabalho, ainda em fase de definição.

Para Roberta Tavares, a poesia não deve ser restringida apenas a um local de conforto, mas por vezes também de desconforto e de total liberdade para se despir, sem a necessidade de atender expectativas sobre temas específicos.

“A minha poesia e a poesia de qualquer mulher negra é a poesia que busca liberdade. Eu acho importante entender que a poesia de mulheres negras é uma poesia diversa. É uma poesia que vai trazer vários temas e não está presa necessariamente a algo que se espera da gente. Isso é algo ruim, que nos restringe”, afirma.

O livro foi pensado junto com Thiago Kazu para ser produzido de forma artesanal, com feitura manual, com costuras, o que segundo a poeta possui relação com a construção dos poemas.

“A relação entre os poemas e o formato artesanal tem a ver com o cuidado com o próprio poema. Construir um poema perpassa por esse cuidado, da construção dos versos, do desenho do poema no papel, de tirar uma palavra de um lugar e colocar para outro. É um outro tempo, não é um tempo que está necessariamente preocupado apenas com venda”, explica.

Para quebrar a ideia preconcebida de morte como algo mórbido, a autora e Thiago Kazu optaram por utilizar a cor azul na estrutura do livro. “Quando escolhi o título ‘Lugar de se morrer é também o poema’, passei a juntar poemas que dialogassem com o tema da morte, mas não a morte como fim, mas para além do significado de simplesmente acabar. Para muitas culturas, a morte não é só o fim, mas parte de um ciclo. Os poemas seguem nessa reflexão. Chegamos à conclusão de que o azul era uma cor interessante porque o azul está muito mais ligado à vida, buscamos esse contraste”, destaca.

Agende-se:

Lançamento do livro “Lugar de se morrer é também o poema”, de Roberta Tavares
Data: 30 de agosto, às 20h30
Local: página do Instagram, @robertaraizes

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Cultura
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