Pinduca, o 'Rei do Carimbó', completa 88 anos em festa
Patrimônio cultural imaterial do Pará, o artista celebra o aniversário com a família e se mantém na estrada neste ano de COP30 em Belém

Um dos principais nomes da música do Estado do Pará e da Amazônia, o artista Pinduca, mais conhecido como o "Rei do Carimbó", completa 88 anos de idade nesta quarta-feira (4). Aurino Pinduca Quirino Gonçalves, o Pinduca, tem um legado expressivo na música e na cultura paraense. Ele iniciou a carreira artística em 1960, disseminando o gênero carimbó para as cidades do Pará e do Brasil como um todo. Entre os grandes sucessos desse artista figuram "Marcha do Vestibular", "Sinhá Pureza" "Sirimbó da Vovó", "Carimbó do Macaco" e "Garota do Tacacá". A música "Marcha do Vestibular" marca as comemorações dos candidatos aprovados no concurso vestibular a cada ano.
Nascido em Igarapé-Miri, no nordeste do Pará, em 4 de junho de 1937, Pinduca inovou na interpretação do carimbó, introduzindo instrumentos elétricos e bateria e gravações de estúdio e em apresentações. Em 2017, esse artista foi indicado ao Grammy Latino, na categoria de Melhor Álbum de Raízes Brasileiras, com o disco "No Embalo do Pinduca".
Ainda este ano, a obra de Pinduca foi reconhecida como Patrimônio Cultural e Artístico de Natureza Imaterial do Estado do Pará por meio de lei sancionada pelo governador Helder Barbalho após votação unânime dos integrantes da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). O projeto de lei de nº 507/2023 é de autoria do deputado Wescley Tomaz (Avante). No ano de COP30 em Belém, no mês de novembro, Pinduca mantém o pique, animando paraenses e visitantes sem parar.
Sobre a necessidade de se preservar os recursos naturais da Amazônia, Pinduca já externou que vale muito a pena salvaguardar os ecossistemas naturais da região. “Nós todos somos considerados cabocos daqui, do interior. Nós somos acostumados com a pureza de tudo aqui, o ar puro, da nossa mata, temos uma cidade como Belém que tem chuva e sol ao mesmo tempo, temos árvores, açaizeiros, passarinhos. Vale a pena ser amazônida!”.
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