Parece mentira, mas show do Iron Maiden em Belém completa 8 anos; relembre

O dia 1 de abril é marcado por ser o dia da mentira em todo o Brasil, mas, pelo menos para os fãs de heavy metal em Belém, o de 2011 também é uma data histórica. Parece 'potoca', mas o Iron Maiden tocou na capital paraense. E o show começou muito antes da banda subir ao palco do Parque de Exposições com a turnê "The Final Frontier World Tour 2011".

A euforia de fãs e até mesmo não fãs começou ainda no anúncio do show. Poucos acreditavam que uma das maiores bandas do mundo de fato estaria em solo papa-chibé, principalmente após algumas 'trollagens' desde o saudoso período de Orkut, com aúncios fakes de apresentações de famosas bandas como Oasis, U2 e Guns 'N Roses no Pará, em diferentes oportunidades.

SERÁ QUE VAI ROLAR ?

As pessoas, pelo menos em sua maioria, só passaram a acreditar na confirmação no início da venda dos ingressos, a partir do dia 27 de novembro de 2010. Todos os pontos foram tomados por multidão ávida pela maior banda que já pisou em um palco no Estado.

O psicólogo Bruno Lopes e o professor Paulo Lopes foram alguns dos que estavam no time da desconfiança inicial. Após algumas pesquisas na internet, a ficha caiu e o fãs se deram conta do que estava prestes a acontecer.

"Não acreditei. Até porque a data do show seria no dia 1 de abril. Mas dias depois eu fui pesquisando na internet, o Iron também já tinha ido à Manaus. Porque não em Belém?", contou Bruno.

"Sempre pensei que era pegadinha. Uma banda desse porte em Belém só podia ser piada. Só quando a grande mídia começou a divulgar que a ficha caiu", revelou Paulo.

A procura por ingressos correspondeu a expectativa. Segundo números divulgados pela organização, 11 mil rockeiros se entregaram de corpo e alma no Cidade Folia. O valor das entradas variava entre R$85,00 e R$500,00.

ANSIEDADE

Jovens, adultos e idosos dividiram a mesma emoção por meses. A chegada da banda no Aeroporto Internacional de Val de Cans, por exemplo, foi a maior prova. O espaço foi invadido por quem só queria ver e estar perto do avião pilotado pelo vocalista Bruce Dickinson. Vários registros foram feitos do pouso da aeronave.

"O Eddie Force One, avião da banda, em Belém, de verdade, foi impressionante. É meio mítico o avião da banda, pilotado pelo vocalista da banda, pousando na nossa cidade. Isso já foi bem impressionante", lembrou Paulo.

A partir disso, a estadia dos ingleses na cidade foi cheia de boatos. Alguns juram de pé junto ter encontrado algum integrante da banda em pontos conhecidos, como Estação das Docas e bares da Cidade Velha. Valia de tudo para tirar uma casquinha do momento épico e tão esperado.

O SHOW

As filas para entrar no Parque de Exposições e garantir um lugar na grade iniciou 48 horas antes do espetáculo. Alguns dos fãs mais alucinados literalmente acamparam na frente do espaço, acompanhados de bebidas, cigarros e outras pessoas que estavam na mesma vibe.

"Tem vários momentos marcantes. A fila da compra do ingresso já foi cercada de ansiedade. Mas acho que no dia do show, momentos antes, a concentração da galera no Cidade Folia. A gente na fila esperando para entrar pegando chuva. Esse momento pré-show certamente marcou muita gente que foi", reforça Bruno.

A banda responsável em abrir a programação de metal foi a paraense Stress. Rosevelt Bala agitou a galera, que intercavala gritos em músicas de sucesso e "Iron! Iron! Iron!" nos intervalos das canções.

A noite teve vários momentos marcantes para qualquer fã. A música "The Trooper" certamente se destacou pela sintonia entre músicos e público, com show de luzes, palmas e um disposto Dickinson, como de praxe. Os solos de guitarras praticamente abraçavam um ritual beirando o religioso. Outros clássicos como "Fear of the dark" e "Number of the beast" também estavam na boca do povo.

Foram aproximadamente duas horas de histeria e muita emoção para quem esperou a vida toda para ver ídolos mundiais bem de perto. Além de Belém, a turnê esteve no Brasil nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Curitiba.