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Paraense concorre ao Emmy Awards nos EUA de 'melhor noticiário' com jornal que idealizou

Geovany Dias mora nos Estados Unidos há seis anos, mas nunca esqueceu de suas raízes. Mesmo longe, relembra com resiliência a trajetória até chegar à indicação

Amanda Martins

O jornalista paraense Geovany Dias, de 29 anos, está na corrida pelo prestigioso Emmy Awards na categoria de 'melhor noticiário do fim de semana'. A indicação reconhece o trabalho de Dias como idealizador e editor-chefe do 'PIX11 Weekend Morning News', um jornal que fundou em 2022. Morando atualmente em Manhattan, na cidade de Nova Iorque, ele conversou com o Grupo Liberal e compartilhou sua experiência e os desafios que enfrentou ao longo desse período, além de falar sobre como reagiu a notícia de concorrer ao prêmio. “Acho que o maior sentimento é a satisfação de ter conseguido algo desse nível”, resumiu. 

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Dias é um graduado em jornalismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Ele cresceu em Mosqueiro, distrito de Belém, onde seus pais desempenhavam profissões modestas, mas ele aprendeu desde cedo a importância do trabalho árduo.

Desde que se mudou para os Estados Unidos há seis anos, Geovanny tem  buscado desempenhar um papel significativo na cobertura jornalística, particularmente na promoção da cultura LGBTQIAPN+. Seu trabalho nessa área foi reconhecido com o prêmio "Serving New York", concedido pela New York Broadcasters Association, pela cobertura especial do Mês do Orgulho.

A notícia da indicação ao Emmy Awards, que é o equivalente ao Oscar da televisão, chegou em julho deste ano a ele. A National Academy of Television Arts and Sciences (Natas), organização responsável pelo prêmio, transmitiu ao vivo o anúncio dos indicados. Geovany optou por não assistir à transmissão para evitar criar muitas expectativas.

“Acordei, fui pro trabalho, e fingi que nada estava acontecendo. Até que recebi uma mensagem de uma das editoras do meu jornal, dizendo ‘espera aí, você acabou de ser nomeado?’ Eu falei ‘não faço ideia!’. E daí meu marido me ligou pra dizer que ele estava assistindo e me disse que sim, de fato, eu fui indicado. E depois começou uma enxurrada de mensagens de colegas de trabalho que viram a transmissão também. Foi muito especial”, relembrou. 

Para o comunicador paraense, a indicação também representa uma realização extraordinária em sia trajetória jornalística. “Nunca imaginei que hoje eu seria editor-chefe e repórter em Nova York, em uma das emissoras de TV mais antigas do país, quanto mais ser indicado ao Emmy. É uma trajetória meio surreal”, acrescentou Geovany.

SAUDADE

Além de poder estar curtindo o próprio sucesso, Dias compartilha um sentimento de orgulho e admiração por sua região natal, o Pará. Ele acredita que a indicação é uma prova de que todos têm a capacidade de produzir trabalhos de qualidade, independente de sua origem. 

“Sei que às vezes a gente tem a sensação de inferioridade em relação à nossa região, mas acho que aos poucos a gente percebe que somos igualmente capazes. É uma verdadeira honra pra mim poder dizer que eu nasci em Mosqueiro, que estudei na UFPA, e me alegra muitíssimo saber que outros conterrâneos tiveram experiências similares”, afirmou o jornalista. 

Questionando sobre o que mais sente falta de casa, Geovany afirmou que é culinária da região. Ele ressaltou o quanto a comida é uma parte importante da identidade paraense e como as memórias de casa são uma parte fundamental de quem ele é.

“Chega a época do Círio, não tem cheiro de maniçoba, é uma tristeza só. Mas acho que acima de tudo, acho que o que mais sinto falta é a sensação de estar em casa, sabe? Mosqueiro e Belém são minha casa”, acrescentou. 

Mesmo com a distância, o jornalista diz se esforçar para retornar à sua cidade natal pelo menos uma vez por ano, onde pode se reconectar com amigos e familiares e desfrutar da culinária amada de sua região.

“Passar pelos lugares que frequentei por tantos anos, ver amigos, familiares, é tudo tão acolhedor. Até o calor de Belém, que a gente reclama tanto, faz falta. Ir para Belém é ir pra casa, e isso me faz muita falta”, complementou.








 

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