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Novos espaços culturais evidenciam a identidade amazônica em Belém

Museu das Amazônias, Caixa Cultural Belém e Centro Cultural Banco da Amazônia são atrativos históricos e culturais da região para quem circula pela capital do Pará nesta época do Círio de Nazaré e pré-COP 30

Eduardo Rocha
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Ficou ainda mais interessante estar em Belém. Neste mês de outubro, a capital paraense ganhou três novos espaços culturais que contribuem para realçar a identidade regional. São eles: o Centro Cultural Banco da Amazônia, a Caixa Cultural Belém e o Museu das Amazônias. Esses espaços possibilitam o acesso do público a elementos estruturais da vida e saberes ancestrais dos povos da região (indígenas, quilombolas, ribeirinhos e ainda cidadãos dos núcleos urbanos) em pleno período do Círio de Nazaré e às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).

No dia 9, o Centro Cultural Banco da Amazônia abriu suas portas na sede da instituição, na avenida Presidente Vargas com a rua Carlos Gomes, já com a exposição “Mandela - Ícone Mundial de Reconciliação”, promovida pelo Instituto Brasil África (Ibraf) em parceria com a Fundação Nelson Mandela, de Joanesburgo, na África do Sul. O Centro funciona em outubro, de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h; em novembro, de terça a domingo, das 10h às 19h, com entrada gratuita. A partir desta quarta-feira (15), o Banco lançará edital para pautas de ocupação do Centro Cultural, com bonificações aos expositores da região amazônica.

image Um dos novos espaços culturais funciona na sede do Banco da Amazônia (Foto: Nailana Thiely / Jambo)

Acerca dessa iniciativa, o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, ressalta: “Saímos de uma sala de 40 metros quadrados para inaugurar um Centro Cultural à altura do que o Banco da Amazônia representa para a região”.

O Centro Cultural mostra-se como o primeiro espaço cultural da região amazônica vinculado a uma instituição financeira de economia mista do Governo Federal. São quatro mil metros quadrados adaptados para o funcionamento de três galerias, biblioteca, minilab de inteligência artificial, seis salas de oficina, restaurante e café. São R$ 30 milhões de investimento nesse projeto. “A cultura da região Norte é muito forte e precisa ser conhecida no mundo inteiro. O Centro Cultural coloca Belém na rota do turismo internacional”, enfatizou.

Potência criativa

Outro espaço estratégico para a cultura da Amazônia é a Caixa Cultural, inaugurada no dia 8, Armazém 6 do Porto Futuro, na Estação das Docas, já com duas mostras ao público desde o dia 9: “Espíritos da Floresta", do Movimento Dos Artistas Huni Kuin - MAHKU, e “Paisagens em Suspensão". Esta é a primeira Caixa Cultural da região Norte do Brasil, a oitava do país e tem funcionamento de terça a domingo, das 11h às 22h, com entrada gratuita.

“A Caixa Cultural Belém marca um novo tempo para a difusão das culturas amazônica e brasileira, reforçando o compromisso da CAIXA e do Governo do Brasil com o apoio a projetos culturais, a valorização da arte, a pluralidade e o patrimônio cultural do país. Este espaço também deixa um legado cultural da COP 30 para a população", ressalta o presidente da Caixa, Carlos Vieira.

Esse espaço está preparado para receber exposições de artes visuais, espetáculos de música, teatro e dança, vivências, eventos literários e outros projetos e fomentar a geração de emprego e renda, a valorização da arte e culturas brasileiras, intercâmbio artístico e cultural, inclusão social e formação de novos públicos.

O espaço tem área total construída de 3.200 m², divididos em três galerias e um teatro de 250 lugares, além de sala de oficina para as atividades do Programa Educativo Caixa Gente Arteira, áreas de convivência, sala administrativa, elevador, rampas de acesso e sinalização para pessoas com deficiência. A programação completa em: instagram @caixaculturalbelem.

"Trazer a primeira unidade da Amazônia para a capital paraense é reconhecer a potência criativa da região e garantir que os artistas tenham esse espaço de visibilidade nacional. Então, a Caixa Cultural atua como esse facilitador, como esse local de encontro, esse local de conexões entre os nossos artistas regionais, entre artistas de outras regiões e de vários segmentos", destaca Débora Porto, gerente da Caixa Cultural Belém. "A cultura é a forma como um povo se reconhece, como se reafirma, como permanece no tempo. E para os povos amazônicos, a cultura é herança e futuro ao mesmo tempo”,", completa.

Amazônias

Com duas exposições disponíveis, o Museu das Amazônias chega como um legado da COP-30. O local é um espaço que apresenta a Amazônia por meio da arte, ciência e saberes ancestrais. Localizado no galpão 4 do Complexo Porto Futuro II, o museu vai proporcionar ao visitante uma experiência reflexiva sobre identidade e ancestralidade.

“O Museu das Amazônias nasce como um espaço dedicado às ciências e tecnologias amazônicas. Ele busca ser um espaço de encontro entre diferentes expressões — tradicionais, populares e contemporâneas —, promovendo o protagonismo das comunidades amazônicas e a valorização de suas identidades. Ao reunir exposições, ações educativas e experiências imersivas que refletem o modo de vida, as memórias e os desafios da região, o Museu das Amazônias contribui para ampliar a visibilidade da cultura amazônica e inserir Belém em um circuito cultural e científico de alcance nacional e internacional”, explicou Camila Costa, coordenadora de comunicação do espaço.

image O Museu das Amazônias é outro espaço cultural estratégico em Belém (Foto: Divulgação)

O museu conta com dois grandes espaços expositivos, de 950 m² e 500 m², além de loja, sala multiuso e sala educativa de 77 m². A sala multiuso dispõe de estrutura modular, recursos multimídia e capacidade para 130 pessoas sentadas. Cada ambiente foi concebido para abrigar programações que dialogam com sua própria estrutura, integrando ciência, arte e tecnologia em torno de temas que valorizam a história e a diversidade dos povos amazônidas.

“Além da consagrada exposição ‘Amazônia’, do fotógrafo Sebastião Salgado, os visitantes podem apreciar a mostra coletiva ‘Ajurí’, que reúne obras de artistas de diferentes regiões da Amazônia, explorando temas como identidade, território e natureza. O espaço também oferece visitas mediadas, atividades educativas, sessões interativas em ambientes multimídia e áreas de convivência que convidam à reflexão sobre as múltiplas Amazônias. O museu conta ainda com uma loja com produtos inspirados na cultura amazônica. Com essa combinação de arte, conhecimento e acolhimento, o Museu das Amazônias se consolida como uma das principais atrações culturais de Belém durante a festa do Círio”, pontua Camila Costa.

O local tem entrada é gratuita até fevereiro de 2026, mediante retirada de ingressos pela plataforma Sympla. O funcionamento é de quinta a terça, das 10h às 18h, com última entrada às 17h. Às quartas-feiras, o espaço é fechado para manutenção.

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