No Dia do Orgulho Nerd, evento reúne gerações de fãs do gênero em Belém

Amazônia Comicon 2019 tem exposições, artes, palestras, oficinas, exibições de animações, shows e troca e venda de gibis

Lucas Costa
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Os produtos destinados aos amantes da cultura nerd e geek tomam conta de cada vez mais espaços. No cinema, por exemplo, as produções de filmes de super-heróis recebem grandes investimentos, e seguem batendo recordes de bilheteria. Em Belém, os apaixonados por tudo o que envolve quadrinho, graphic-novel, fan-art, cosplay e muito mais; estarão reunidos neste final de semana na Amazônia Comicon 2019.

O evento traz diversas atividades que vão desde feiras de quadrinho e produtos de cultura pop, até palestras e bate-papos sobre assuntos como a história do quadrinho paraense nas décadas de 80 e 90 e potencialidade dos quadrinhos no ensino. A programação ocorre sempre das 9h às 21h, tudo no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania, na Av. Almirante Barroso.

Um dos destaques deste ano é que a programação foi pensada com foco na acessibilidade. Dessa forma, o evento será todo acessível à pessoas com deficiência; inclusive na entrada. Por conta disso, este ano o concurso de cosplayers deu lugar a um desfile, e os integrantes da Liga de Cosplay do Pará irão promover experiências de cosplay para as pessoas com deficiência.

“Estamos tentando levar inspiração para elas começarem a fazer e perceberem que a limitação física não impede que elas façam”, conta Breno Costa, líder e fundador da liga, que também adianta a presença de personagens favoritos do grande público. “Costumamos levar para os eventos os cosplays que estão em destaque no momento e na mídia, e também os que a gente mais gosta. Personagens dos Vingadores, da DC Comics, Liga da Justiça e Star Wars estão entre os nossos favoritos para usar nessas ocasiões”.

A abertura do Amazônia Comicon, nesta sábado, marca também o Dia do Orgulho Nerd, e para Breno, a data é importante. “O evento também é comemorativo para nós porque cai nesse dia, e estamos aqui para explanar uma dessas culturas nerds, que é o cosplay. Além disso, o ato de estar presencial, acredito que abrilhanta qualquer tipo de evento, seja ele geek ou não”, conta.

Sobre o que vão apresentar no evento, Breno revela que deve levar o Capitão América, sua noiva irá como Mulher Maravilha, e dois outros amigos serão o Soldado Invernal e o Motoqueiro Fantasma. “Cada um está indo com seus personagens favoritos”, disse.

Os cosplayers são grande destaque no evento, considerando que atraem um grande público interessado em tirar um foto, ou simplesmente conversar com seu personagem favorito. Mas o Amazônia Comicon 2019 também traz em sua programação palestras e rodas de conversa, que devem gerar reflexões sobre assuntos importantes, como a representatividade feminina na cultura pop.

No sábado, às 11h, Carolina Zaluth (UFPA), apresenta um panorama sobre as super-heroínas nos quadrinhos; em seguida, Danielly Lima (UFPA), fala sobre a mulher no universo Star Wars.

Desde a abertura dos portões, às 9h, o evento oferece ainda feiras de histórias em quadrinhos e produtos de cultura pop, exposição de HQs, e o chamado “Beco dos Artistas”, onde ilustradores apresentam seus trabalhos. Além disso, haverá também atividades para os amantes de K-pop, Board Games, RPG e torneios de games.

O Amazônia Comicon é realizado pelo grupo Ponto de Fuga, criado há 28 anos sob o objetivo de divulgar e promover a arte das histórias em quadrinhos no Pará.

COSPLAY ENVOLVE DEDICAÇÃO E BOAS AÇÕES

O início da Amazônia Comicon, neste sábado, marca também uma data importante para o público do evento, o Dia do Orgulho Nerd. Para Breno, o dia é de comemoração, considerando também que a Liga de Cosplay do Pará completará três anos de existência no final de maio. "É uma forma de comemorar isso. Começou como um grupo para fazer saídas, de uma forma simples, só por diversão; até que começamos também a fazer ações beneficentes e levar cosplay para quem precisa”, conta Breno.

Atualmente, além de participar de eventos, o grupo de amigos se veste como seus personagens favoritos para levar alegria para crianças em alas pediátricas de hospitais, às de atendimento oncológico e até idosos em asilos e creches de crianças carentes. “A gente percebe que as pessoas se alegram, que também é uma forma de terapia para elas e faz com que elas se sintam bem, porque muitas vezes elas não têm acesso a esse tipo de entretenimento”, destaca.

O trabalho de cosplay é árduo e exige bastante dedicação, desde a ideia até a concepção das roupas e trejeitos dos personagens. Breno, que é fisioterapeuta, considera a atividade como algo de grande importância.

“Cosplay para mim é um estilo de vida. A gente vive uma rotina de trabalho diferente, cada um dos integrantes da liga tem outra profissão, então vemos como uma forma de sair do cotidiano, criar uma vida paralela e promover o sorriso por aí. É uma forma de higiene mental muito gratificante para nós”, justifica.

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