Zek Picoteiro faz público 'tremer' em festival na França com set amazônico

Com muito carimbó, tecnobrega e cúmbia, DJ e pesquisador paraense agitou pista e foi ovacionado no maior festival cênico do mundo

O Liberal
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Pela primeira vez fora do Brasil, o DJ paraense e pesquisador musical Zek Picoteiro levou a música da Amazônia para atravessar o Atlântico. O artista fez o público da França "tremer" no último final de semana ao apresentar seu set autoral no Festival Off Avignon, um dos maiores eventos de artes cênicas do mundo. No palco, transformou a experiência sonora em espetáculo, misturando música, narrativa e performance para um público majoritariamente francês. A programação do festival segue até dia 22 de julho.

“Foi um desafio, porque estou acostumado a tocar onde as pessoas já conhecem e dançam o que eu toco. Lá, a maioria só tem uma noção superficial da música brasileira, como samba e MPB. Então, eu foquei no que tenho de mais único: minha pesquisa sobre música amazônica”, conta.

Zek levou ao público um passeio sonoro pela Amazônia, com direito a roda de carimbó, batalha de treme, remixes de tecnobrega e até versões de clássicos franceses — como Daft Punk — em ritmo paraense. Com a ajuda de um intérprete, foi explicando cada faixa, artista e contexto durante a apresentação.

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“Foi uma catarse coletiva maravilhosa! As pessoas dançaram, vibraram, se conectaram. Toquei muita lambada, que foi um sucesso mundial e teve muita força na França. Também levei merengue, cúmbia, músicas indígenas e encerrei com 'Mon Amour', 'Meu Bem', 'Ma Femme', de Reginaldo Rossi, emocionado, sem querer parar”, lembra.

DJ Zek Picoteiro é curador, pesquisador e produtor musical apaixonado pela cultura ribeirinha. Há quase 10 anos, atua na cena paraense para fortalecer a música produzida localmente, com uma pesquisa aprofundada em Tecnobrega, Cumbia, Lambada, Merengue, Carimbó entre outros. Atualmente, Zek reside em Alter do Chão, na região de Santarém, no Pará, onde realiza o Festival dos Rios e dirige o Instituto Regatão Amazônia.

Já discotecou em diversas casas de Belém, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Brasília e também em Alter do Chão. Além de festivais como Rock In Rio (RJ), Afropunk (BA), Criolina (DF), Batekoo (SP), Amazônia de Pé (Alter) e Psica (Belém). Em 2022, Zek realizou o seu primeiro Workshop de Tecnobrega, em São Paulo, uma imersão sonora que conta a história do gênero através de discotecagem e palestra com projeções que remontam os cenários das Aparelhagens. O DJ também entrou para o time de curadores do Edital Natura Musical.
Na França, ele conta que a experiência de tocar a um público estrangeiro superou as expectativas e demonstrou a força universal da sonoridade do Norte do Brasil: “Pensei que seria só mais um set no meio de tantas atrações, mas acabou virando um espetáculo. A recepção foi incrível, fui ovacionado. Foi muito mais que uma apresentação: foi um momento de conexão real entre culturas.”

 

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