Pratagy lança novo álbum com sonoridade refrescada
Novo trabalho do artista pode ser conferido a partir de hoje nas plataformas digitais de músicas

Com uma sonoridade refrescada e contemporânea, e referenciando uma prática setentista, o novo álbum de Pratagy chega às plataformas digitais de música nesta sexta-feira, 25. Com oito músicas, o álbum autointitulado mescla arranjos de cordas, sopros e percussões; resultando em uma identidade contemporânea, que traduz os anseios da geração do artista.
O processo de composição para o álbum começou logo após o lançamento do último EP de Pratagy, “Voo e Mansidão”, em 2018. Foi quando ele recebeu a notícia de que havia sido selecionado no edital Natura Musical, o mesmo que apoiou artistas como Felipe Cordeiro, Dona Onete, Lucas Estrela e Keila.
As músicas que ficaram de fora do EP na época não foram consideradas para o álbum, isto porque a ideia era construir um trabalho que fizesse sentido por si só, ou como Pratagy diz, “que capturasse um momento”.
“Gosto muito dessa ideia de que o álbum refletia o momento do artista, a evolução de ano em ano, o que é mais raro hoje em dia, com lançamentos de álbuns cada vez mais distantes um do outro. Coincidentemente tenho lançado um álbum a cada ano, e achei legal a brincadeira de não ter nome, meio que ser uma referência aos discos dos anos 60 e 70”, justifica.
Influências decisivas para a expansividade sonora do álbum, “Pratagy” conta com participações dos músicos cearenses Arquelano e Emischramm, além do conterrâneo Toussaint. Com composições que abordam desde desilusões amorosas, em diálogo com a cantora Emischramm; até os sonhos e ambições de amadurecer no mundo de hoje, Pratagy trata de temas profundos com uma poética descomplicada.
Uma das parcerias, inclusive, surgiu de uma conversa no Instagram. Pratagy relembra que compartilhou algo que estava ouvindo, e Arquelano respondeu mostrando sons parecidos. Os dois acabaram trocando links de seus trabalhos, e pouco tempo depois já estavam trabalhando juntos, pela internet.
“Ele também me apresentou a Emília [Emischramm], que compõe, grava e toca com ele. Ela também é de Fortaleza, e a gente começou a trocar muito som, referências de R&B e coisas mais contemporâneas”, conta Pratagy.
O processo de compor para um novo álbum também trouxe novas referências ao trabalho do artista. Sonoridades de Marina Lima, Depeche Mode, assim como o synthpop oitentista, marcas do último EP; deram lugar aos sons contemporâneos de Robyn, Solange, James Blake, e até mesmo o funk carioca de MC Bruninho.
“Essas referências vieram me trazendo para essa sonoridade mais atual, não puxando muito para os sons vintage. Acho que a diferença principal é essa nesse disco; ele dialoga muito mais com as músicas de hoje em dia, com essas referências atuais”, conta.
Sobre a ideia de lançar um álbum inteiro em um período em que singles e EPs são cada vez mais comuns, Pratagy brinca dizendo que é “uma maluquice”. “Eu sempre quis compor para um álbum inteiro, meus outros são menores. Mas gosto da ideia das pessoas escutarem o álbum na ordem que elas quiserem, ou pegar as músicas que elas gostarem e misturar nas playlists delas, acho que foi pensado para isso, para você bagunçar e ouvir do jeito que quiser”, diz.
“Pratagy” está disponível em todas as plataformas digitais de música, e o público já poderá ouvir o novo repertório em um show. O artista é uma das atrações do 14º Festival Se Rasgum, no dia 1º de novembro.
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