Paraense radicado no Canadá, Santis apresenta 'Verde', EP gravado durante a quarentena

Em projeto que inaugura carreira solo, músico conecta artistas de Belém, Minas Gerais e Suíça

Redação Integrada
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Celebrando a força da natureza em sonoridades que misturam as nuances da música jamaicana e paraense, o EP “Verde” marca a estreia da carreira solo de Santis. O projeto está disponível nas plataformas digitais de música, com três canções escritas e produzidas durante o período de isolamento social. 

A pandemia do novo coronavírus e a explosão de sentimentos, entre pedidos de proteção, união e oração por pessoas doentes, se manifestou em uma série de composições para Santis, músico paraense que mora no Canadá.

Ele diz que a ideia do trabalho é expressar diferentes formas de vida, opostas a rotina comum do dia a dia das cidades grandes, assim como estimular uma reflexão sobre nossas atitudes diárias com os acontecimentos do mundo.

“Eu uso o nome artivismo pra falar um pouco desse trabalho também, usar a arte para ser ativo na divulgação de uma vida mais consciente”, descreve o artista. “Nesse trabalho a maioria das canções tem esse tipo de engajamento: ambiental, engajamento na forma de pensar no dia a dia, ou na questão espiritual dos seus sonhos, se você tem ouvido os seus sonhos, se tem ouvido sua vontade na vida. Isso tudo veio com as questões que emergiram nesse momento de pandemia no planeta. A internet virou um refúgio e um lugar de encontrar os aliados”.

A decisão de lançar músicas depois de 14 anos da banda Kaymakan foi a vontade de se expressar nesse momento, em que se atravessa a pandemia. Diogo Lavareda é uma voz na cena paraense ao integrar uma das primeiras bandas de reggae de Belém. Hoje ele assina como Santis, também para marcar a nova fase de vida e da carreira musical independente.

O EP foi totalmente gravado em home studio, entre os meses de março e maio, possibilitando a conexão de músicos em vários lugares do mundo.

“Eu gravava em casa a guia da guitarra, violão e voz, e mandava para o Bruno Habib, em Belém; e ele fazia os beats e me mandava de volta. É um processo quase todo digital das canções; eu gravava outra voz em casa mesmo e mandava para o Rômulo, na Suíça, que gravou a guitarra”, explica Santis.

As vozes foram gravadas por Santis, em sua casa, na região Oeste do Canadá; Bruno Habib fez os teclados, programação de bateria e baixo e assinou, ainda, a produção e mixagem, tudo gravado dentro de casa, em Belém; Rômulo Melo fez a guitarra, enquanto sua companheira Delphine La Emanuelle gravou a flauta transversal, diretamente da Suíça. Por fim, Lenis Rino, gravou a percussão em Minas Gerais.

A conexão entre os músicos vem de longa data. Relembrando os tempos de Kaymakan, Santis, Bruno Habib e Rômulo Melo tocavam juntos na época da banda. Já Lenis Rino, tocava com a cantora e compositora Fernanda Takai.

Com um trabalho que traz conexões com tantos espaços físicos ao mesmo tempo, Santis também fala sobre as suas conexões com estes espaços. Atualmente a conexão com o Canadá, também representa a geração de frutos, já que seu filho nasceu no país. Ele também fala da conexão com o Pará.

“Nosso plano era sempre voltar para o Brasil, para a Amazônia principalmente. Em Alter do Chão e Bragança temos alguns projetos de permacultura acontecendo, então minha conexão é com essas comunidades. Nas músicas falo muito dessa questão de viver em comunidade, e com o Canadá é com essa questão do meu filho que nasceu aqui, minha esposa também mora aqui. Minha conexão com o Canadá também são com comunidades, então aqui e no Norte do Brasil, é com a comunidade, locais de permacultura”, conta.

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