CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Festival celebra as mulheres dentro da história do carimbó, em websérie e evento gratuito

A programação encerra de forma presencial, no domingo, dia 12, no Espaço Cultural Coisas de Negro, em Icoaraci

Lucas Costa
fonte

Uma celebração ao protagonismo feminino dentro da história do carimbó toma o final de semana. O Festival No Ritmo das Rainhas do Carimbó começa nesta sexta-feira, 10, com um lançamento virtual: os primeiros dois episódios de uma websérie que amplia as narrativas das mulheres carimbozeiras.

Os episódios liberados nesta sexta-feira são: “Rainha do Carimbó do Paracuri - Mestra Neya das Maracas Encantadas” e “Rainha Neth Matinta, A filha da Mãe”. No dia seguinte, sábado, entram no canal o terceiro episódio, intitulado “Rainha Guardiã do Coisas de Negro - Mestra Angela”; e também um podcast que traz um bate-papo com a Sereia Mestra Cristina. Todo o conteúdo será disponibilizado no canal no canal “No Ritmo das Rainhas do Carimbó”, no YouTube.

A programação do festival encerra de forma presencial. No domingo, dia 12, o Espaço Cultural Coisas de Negro, em Icoaraci, promove um evento totalmente gratuito, a partir das 15h.

Ao longo de toda a programação, o festival traz para o centro do debate as narrativas de fazedoras, tocadoras, empreendedoras, produtoras e mestras no carimbó. Neste time estão nomes como Ângela Coutinho, Mestra Cristina (Grupo Sereia do Mar), Neth Miranda (A Filha da Mãe) e Néa Smith.

Néia Smith, a Néia das Maracas Encantadas, é uma reconhecida tocadora no meio carimbozeiro. Há dez anos na cena, toca curimbó, maraca e efeitos. Ela integrou o tradicional grupo de carimbó Os Africanos de Icoaraci, e atualmente tem o seu grupo chamado Jangada Encantada.

Ela celebra a possibilidade de produção do festival, viabilizado por edital da Lei Aldir Blanc. “Ver a mulher preta periférica ser valorizada no seu próprio local onde ela reside, para mim tem sido muito gratificante, muito maravilhoso esse reconhecimento da classe. Apesar de nós sermos muito discriminadas quando subimos ao palco, em cima de um tambor. Eu sofri isso na pele, mesmo que hoje seja diferente”, destaca Néia das Maracas.

Cada uma destas mulheres conta sua história no Festival no Ritmo das Rainhas. As gravações da websérie foram realizadas em visitas a cada mestra, tendo como locação os seus lugares de vivência. Em três episódios, são apresentadas conversas com mulheres da vida real, que apresentam seu cotidiano de resistência e produção cultural em suas comunidades.

Samara Raniere, idealizadora, produtora e tocadora de maracas no projeto, fala que o objetivo do festival é ressaltar a importância do reconhecimento das mulheres como mestras de carimbó, muitas vezes invisibilizadas dentro da história do ritmo paraense. 

“O foco é representar os saberes, fazeres culturais e histórias dessas mulheres a partir de múltiplas linguagens como a dança, arte visual, audiovisual, música, carimbó e artesanato. A ideia é fomentar e valorizar a produção cultural de artistas mulheres e inspirar outras mulheres também, assim como enaltecer a multiplicidade das mestras do Carimbó”defende Samara.

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Música
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MÚSICA

MAIS LIDAS EM CULTURA