'Mundo Brega Pará’ chega a seu quarto e último episódio
Beny Pérola Negra e Valéria Paiva são os convidados especiais
Com o fim da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), chegou ao fim também a primeira temporada do programa “Mundo Brega Pará”. Nesta sexta-feira, 21, às 17h, com transmissão ao vivo na Rádio Liberal FM e no canal O Liberal, no Youtube.
Para fechar a temporada, Beny Pérola Negra e Valéria Paiva, do Fruto Sensual, são as atrações, que tem a apresentação de Ney Messias, diretor de Entretenimento e Radioweb da Liberal FM.
Já passou pelo programa uma constelação de artistas, como Rebeca Lindsay, Edilson Moreno, Nirah, Kim Marques, Nelsinho Rodrigues e de Zaynara.
Valéria Paiva é a Rainha das Aparelhagens. Cantora, compositora, empresária e vocalista da banda Fruto Sensual, ela é interprete dos maiores hits nacionais: “Príncipe Negro”, “Está no Ar” e “Itamaraty.
“Quando eu comecei a cantar eu sofri muita coisa na pele, a muitos que quarenta anos atrás, por ser menina na época e do interior. Anos depois com o Fruto Sensual continuei sofrendo esse preconceito por ser do interior e trazer nossa música em uma voz feminina, senti os olhares tortos nos palcos e nos camarins. Mas hoje em dia a voz feminina ela domina muito o brega, apesar de que temos nossos divo, como o Wanderley Andrade, Nelsinho Rodrigues, Martin Brothers, Harrisson Lemos, dentre outros, mas a vpoz feminina domina o brega. Quando as pessoas dizem que sou uma referência porque o Fruto Sensual marcou uma época, eu não vejo a Valéria Paiva como uma referência, mas sim a banda”, analisa Valéria.
Com voz marcante, o jeito de cantar performático e as letras bem intimas, fazem sim da artista como uma referencias do brega paraense. São 40 anos de carreira, dezenas de sucessos e incontáveis shows especiais.
“A Valéria é um grande quebra-cabeça de outras cantoras, desde as internacionais como Cyndi Lauper, Madonna, Whitney Houston e as nacionais, como a Fafá de Belém, que eu cresci ouvindo, tenho vinil. Minha tia sempre me apresentou desde novinha a Fafá e cantar com a paixão que ela canta, sempre trouxe isso para mim. Me inspirei muito nas cantoras de bolero, como a Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Nana Caymmi , Angela Ro Ro e Elis Regina, sempre trouxe um pouquinho para mim, por isso que eu digo que hoje eu sou um grande quebra-cabeça, venho pegando um pouquinho da paixão que elas cantam nas músicas e trago para o meu jeito de cantar”, explica a artista.
Ao lado dela, estará Beny Pérola Negra. O cantor paraense ganhou notoriedade nacional ao viralizar na internet com suas interpretações de sucessos do cantor Reginaldo Rossi, devido à semelhança de sua voz com a do "Rei do Brega", além disso, ele é muito fã do artista.
Essa admiração, fez Beny trazer para o brega paraense características importantes e adicionar ao seu individualismo. Ele revela que desde criança curte e escuta o ritmo.
“Representar a música brega paraense, furar essa bolha, sair daqui da nossa região representando uma musicalidade que é nossa, ancestral, é de uma grandeza, imensurável para mim. Representar o brega significa tudo”, disse Beny.
O artista, que iniciou a sua trajetória com apresentações de teclado e voz nos barzinhos do município de Abaetetuba, no nordeste do Estado do Pará, cidade natal desse artista, hoje soma mais de 25 anos de carreira artística.
“Na verdade, a gente já está atrasado em relação a visibilidade para o brega. A gente já devia ter isso há muito tempo, mas o problema é que nós somos falhos aqui na questão de uma linha empresarial que pega e consegue te levar para fora e te fazer um artista mais completo nacionalmente, como ocorre em outros estados. Isso aqui não acontece muito. A gente vai é na marra, é na garra e fazendo a coisa acontecer do nosso jeito”, reflete Beny.
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