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Jovens criadores de conteúdo para a web destacam o humor paraense

Roteiros engraçados e com vocabulário recheados de expressões e gírias regionais fazem sucesso

Bruna Dias
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O santareno José Wilker Gomes de Castro Júnior, estudante do 10º semestre de Medicina, lançou um dicionário com mais de 100 dos principais termos regionais que ele mais usa durante as suas consultas. Ao entrar nos sites de busca com o termo “vocabulário paraense”, o internauta vai encontrar dezenas de palavras com significados originais e fonética única. Indo para um outro nicho, as redes sociais também entregam muito humor com essa pegada regional em diversos perfis.

Em seus vídeos, Victor Barros (@victoorbarros) e Manu Freitas (@eguamanu), levam aos paraenses a identificação com a linguagem e a cultura características do estado. Juntos eles somam quase 100 mil seguidores no Instagram. Já o Manga Poética @mangapoetica, de Tiane Melo, usa frases paraenses para caracterizar situações do dia a dia, são mais de 112 mil seguidores na rede. O que todos tem em comum? Além de entregar conteúdo bem regional e com forte identificação com o paraense, eles adicionam humor.

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“Eu tinha uns tweets  antigos e comecei a colocar no Instagram. Isso começou a dar humor para a página e percebi que as pessoas gostavam. Ele está sempre alinhado com algum tema atual, por exemplo BBB. O uso do humor é um termômetro do momento que eu estou vivendo como criadora de conteúdo, uma questão de saber o que o público gosta. Por exemplo, numa sexta feira, meu público gosta de um conteúdo que fale que ele quer sair, mas está liso, ou que bebeu todas e acordou mufino. É muito de conhecer o público que consome a página”, explicou Tiane.

 “O seguidores são os produtores do conteúdo do Manga também. Através de direct e dos comentários, filtro o que ele quer ver ou o que ele me dá de resposta para construir os conteúdos”, acrescenta.

Manu, do Égua Manu, aborda polêmicas nacionais e regionais em vídeos que usam vocabulário e expressões rotineiras da vida do paraense. A influenciadora usa apelidos e nomenclaturas de objetos e coisas para representar os personagens, ela dificilmente cita o nome real dos encolhidos. “Tu é doidé”, é um dos bordões usado por Manu, que já viraram características da sua conversa com o público. Desde 2019, foi quando ela começou a se destacar no Tik Tok e Instagram, com esse humor mais paraense. Ela fez uma versão regional de “Crepúsculo” e “As Branquelas” que rendeu chuvas de likes e interações.

“Eu vou na onda dos meus seguidores, eles pedem para falar sobre Big Brother e fofoca, e eu construo meu conteúdo com base nisso. Sempre uso o vocabulário paraense porque eu falo assim mesmo, uso ‘égua’, falo chiado e ‘tu é doidé’, e porque há um grande reconhecimento do público com isso. Eu tenho pessoas que me seguem no Brasil todo e quero levar um pouquinho do Pará todos os cantos”, conta Manu.

O comediante Victor Barros se identifica como um “paraense morando em São Paulo”. Com uma camisa do Pará ele conta nos seus vídeos como os paraenses se comportam em determinadas situações, além de contar causos locais de forma bem humorada. Com o uso de gestos, Victor dá vida ao “paraense” no seu perfil.

“Trejeitos e gestos fazem parte também de um idioma. Quando a gente concentra nosso olhar para uma região específica do Brasil, que é um país muito grande e gera uma variedade cultural muito ampla entre os estados e regiões, com toda certeza a maneira como falamos, até o modo como a gente se expressa fisicamente, seja conversando ou até mesmo fazendo alguma ação, tem enraizado peculiaridades da nossa região, como por exemplo: apoiar o pé no joelho quando a gente tá parado, ou apontar com o bico para um lugar pra mostrar pra alguém onde fica, ou expressar qualquer sentimento usando “égua” entre várias outras expressões e trejeitos que são únicos nossos”, contou Victor.

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