Modelo revela bastidores do Miss Universe e diz ter sido humilhada pela organização
A Miss Piauí Gabriela Pessoa detalhou várias situações constrangedoras pelas quais ela e outras candidatas do concurso passaram: “Chamavam de puta e burra”
Após a Miss Rio Grande do Sul, Eduarda Dallagnol, ter denunciado maus-tratos e terror psicológico pela organização do Miss Universo Brasil 2024, agora foi uma vez a Miss Piauí, Gabriela Pessoa, revelar que também sofreu humilhações e ofensas. “Me chamavam de puta e burra”, afirmou com exclusividade à coluna de Fábia Oliveira, do portal Metrópoles.
“Não é de agora que está acontecendo, sabe? Mas esses comentários me fizeram, realmente, não querer participar [mais]. Se eu fosse tudo isso, por que eu estaria lá? Por que eu estaria representando o meu estado?”, desabafou Gabriela, ao relembrar os termos usados para constrangê-la.
Em um print, ao qual a colunista Fábia Oliveira teve acesso exclusivo, as misses do Piauí e do Rio Grande do Sul são insultadas por Bruna Amorim, coordenadora do Miss Universo Brasil: "Não estou me fazendo de vítima. Investi dinheiro, tempo e valores em algo para estarem me difamando. Em qual colocação acham que estão para poderem me chamar de burra e de puta? Isso é muito sério. Foi uma coordenação nacional."
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Gabriela afirmou que decidiu expor a situação para evitar que outras participantes passem pelo mesmo. “Barato eu não vou deixar, porque eu não aceito que outra menina passe pelo que eu passei. Eu não sou uma menina, eu sou uma mulher, tenho 28 anos, eu tenho uma história. Eles têm que pensar muito no que eles falam.”
Ela ainda concluiu o desabafo afirmando que nunca imaginou que participar do Miss Universo Brasil lhe causaria tanto mal. “Eles brincaram com sonhos, eles brincaram com muitas coisas. Eu entrei nesse concurso achando que seria uma coisa e eu quebrei muito a minha cara. Eu estou sem chão porque uma coisa a gente sabe: existe briga, existe picuinha uma com outra, mas eu fui flopada pela minha própria coordenação”, lamentou.
Em meio às polêmicas e insatisfação dos participantes, a final do concurso deste ano ocorreu em 19 de setembro, no Teatro Gamaro, em São Paulo. A vencedora foi Luana Cavalcante, candidata de Pernambuco.
Miss Rio Grande do Sul foi a primeira a denunciar assédio da coordenação do concurso
No dia 24 de setembro, a Miss Rio Grande do Sul, Eduarda Dallagnol, conversou com Gabriel Perline, colunista da Contigo, e detalhou suas experiências com a cooperação do Miss Universo Brasil 202
“Eles declararam publicamente que eu não fazia o perfil do Miss Universe”. “Eu estava cansada e desacreditada, sem vontade de fazer parte de algo tão desorganizado. Se um dia eu voltar, voltaria para uma organização justa e que não maltrate e esgote as meninas com chatice e coisas sem nexo. Para ter a coroa tens que ter uma organização que apoia a sua miss e não que queira ser a miss”, criticou.
Ela ainda acrescentou: “Meu sonho acabou quando percebi que ali não era um confinamento, e sim um lugar de desestabilização em geral”. Eduarda finalizou lembrando que sua saúde mental foi gravemente prejudicada, além do desgaste físico que sofreu. “Minha nota não é sobre críticas em função de eu não ter ganho o concurso”, esclareceu.
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