Fotografia e paixão pelas mangueiras de Belém estão juntas na obra de Newton Bellesi

Newton Bellesi possui um acervo de fotos sobre o elemento marcante da capital que chama sua atenção por onde passa

Juliana Maia
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As famosas mangueiras, nome de uma das alcunhas mais famosas de Belém, cativam o olhar de quem se depara com elas, que estão distribuídas ao redor da cidade. O médico e fotógrafo Newton Bellesi é uma dessas pessoas encantadas por esta planta e decidiu unir a admiração à paixão pela fotografia, resultando em uma coleção de registros destas árvores que rodeiam os bairros da “cidade das mangueiras”. O amor pela fotografia e pelas mangueiras prosseguem na vida de Bellesi.

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Desde a infância, o médico Newton Bellesi admira a arte de registrar os momentos do cotidiano por meio da fotografia. Por ser encantado pelas árvores, especialmente as mangueiras, ele decidiu começar a capturar essas plantas e publicou, em 2018, o livro “Estatuto das Mangueiras”, acompanhado do escritor Amaury Braga Dantas

“Mangueira tem história, charme, uma variedade de espécimes e frutos. Elas têm estações, respeitáveis troncos que hospedam jardins suspensos, periquitos, sabiás, papagaios. Estão nas avenidas, praças, quintais, em toda a parte”, diz. 

"Estas árvores têm estação, como a primavera, com folhas coloridas com flores, de diferentes nuances -. Também há o inverno - todas ficam verdes, ‘alegres’, tem de todo tamanho. E há as frutas, alegria para cidadãos de todas as idades, das crianças, aos estudantes, chegando aos idosos”, complementa.

image Mangueira fotografada em Belém (Foto/Divulgação/Odair Mindello)

Newton gosta de transmitir positividade em suas fotografias. É por isso que, ao sair pela cidade de Belém, ele costuma observar essas árvores frutíferas e fotografá-las para seu acervo.  "Às vezes saio para fotografar, mas, na maioria, elas [mangueiras] aparecem, exibem-se e cativam”, conta.

Para além da flora, o fotógrafo também admira outros elementos que juntos formam a capital, como a arquitetura ou as tradicionais feiras que estão presentes em todos os bairros logo cedo. Segundo ele, tudo isso serve de modelo e pode fascinar as pessoas que moram na cidade e costumam observá-la de forma minuciosa.

image Mangueira registrada pelo médico e fotógrafo Newton (Foto/Arquivo Pessoal)

O trabalho do fotógrafo chamou atenção do artista visual Odair Mindello, que o acompanha desde 2016. O primeiro contato dos dois aconteceu quando Mindello foi chamado para fazer pinturas na clínica médica na qual Newton atua.

image Newton e Odair em uma das saídas para fotografar a capital (Foto/Arquivo Pessoal)

“Lá [na clínica, percebi sua dedicação à fotografia, ainda que de modo geral, apenas como ‘hobby’, mas de boa linhagem visual. Sua observação não é apenas como amador, mas vi que havia um observador por trás do registro”, relembra Odair.

Para o artista, o médico e fotógrafo pode ser descrito como um observador contemplativo, alguém que “agrada com a cena simples da cidade, sem se importar com a reação e relação profissional”, como ele conta. 

Desde que se conheceram, eles costumam sair para coletas registros das mangueiras e de outros elementos da cidade. Odair se sente feliz e acha que os passeios são prazerosos pelo fato de poder observar os detalhes de Belém.

image Um dos registros da árvore, capturado pelo fotógrafo, em Belém (Foto/Divulgação/Newton Bellesi)

“Mesmo que sem um tema específico, ou tratamento visual adequado, era um prazer trocar a experiência pela observação, destas imagens que devem somar mais de 300, muitas delas usadas no livro Estatuto das Mangueiras”, conta.

(*Juliana Maia, estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)

 

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