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Iniciativa leva cultura e literatura às escolas ribeirinhas de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó

Projeto 'Leitura Itinerante' promove o contato com livros e saberes populares, incentivando a leitura, a escrita e o resgate das tradições locais no arquipélago do Marajó

Riulen Ropan
fonte

Em São Sebastião da Boa Vista, no arquipélago do Marajó, o projeto "Leitura Itinerante" tem incentivado a leitura e a produção textual entre estudantes da zona ribeirinha. Criado pelos diretores do Polo Caeté, Odair Macedo, Cleyson Malato e Josué Freitas, o projeto já alcançou cerca de 600 alunos das 11 escolas que integram o polo.

A proposta valoriza a cultura local, aproximando os alunos de suas raízes. “O projeto nasceu a partir do desejo de resgatar as nossas lendas, contos e estórias locais e desenvolver a prática da leitura, da produção de texto e da interpretação aplicadas diariamente em sala de aula. Assim, enriquecendo o vocabulário dos estudantes e valorizando a cultura ribeirinha, com viés no processo ensino aprendizagem, sendo uma metodologia a mais para ajudar no processo de aprendizagem”, explica Josué Freitas.

Destinado a crianças da Educação Infantil ao 5º ano, o Leitura Itinerante utiliza gêneros como fábulas, poesias e estórias ribeirinhas. As atividades são adaptadas conforme o nível de cada turma e envolvem teatro, contação de estórias, música e rodas de conversa, tornando o aprendizado mais dinâmico.

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Um dos diferenciais é o envolvimento de moradores mais velhos das comunidades, que compartilham oralmente estórias locais. Esses relatos viram material didático, permitindo o ensino de conteúdos como verbos e pronomes com base em narrativas do território.

Iniciativa leva cultura e literatura às escolas ribeirinhas de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó

Alunos mais interessados na leitura

Para a professora Angela Maria, o impacto é visível: “Sua metodologia e estratégia de ensino nos ajudam a desenvolver um trabalho diferenciado no chão das nossas salas de aula. Despertou a vontade dos alunos de praticarem a leitura individual e coletiva, assim como ajudou no desenvolvimento da escrita dos mesmos”, ressaltou.

Segundo a secretária municipal de Educação, Ivana Lorena, o projeto foi bem recebido: “A comunidade escolar e também a equipe funcional de cada instituição que tem recebido o projeto itinerante de leitura, tem acolhido e recebido de uma forma muito grandiosa, de uma forma, realmente, na qual eles enxergam a importância e principalmente a inclusão deles dentro dessa iniciativa.”

Ela destaca que o projeto atende a diversas necessidades: “Quando ele [o projeto] chega no chão da escola, ele vem abraçando todos os tipos de dificuldades que as nossas crianças têm, no sentido de socialização, de integração, de apresentação, de timidez”. E complementa: “Tem tido resultado, uma influência, um impacto muito bom e muito grande, contagiando não só as nossas crianças, como os familiares [...], como também os nossos professores, coordenadores, auxiliares de serviços gerais, porteiros.”

A secretária confirma a intenção de expandir o projeto. Segundo ela, o projeto já está alinhado à política municipal de alfabetização e ganhou destaque no evento de lançamento. “O projeto teve um stand, um espaço para fazer a exposição dos resultados [...]. Conseguimos divulgar, e não só divulgar, mas incentivar as nossas outras escolas a se apropriarem deste projeto.”

A expansão, segundo Ivana, será feita com sensibilidade às realidades locais: “O nosso desejo é expandir de uma forma isonômica, considerando a realidade de cada localidade, de cada escola, de cada equipe funcional e de cada, claro, dificuldade de desafios pedagógicos.” Até o momento, oito comunidades já foram contempladas: “Dentre todas serão 11 [...], e já se conseguiu alcançar oito.”

Mais do que incentivar a leitura, o projeto se propõe a formar cidadãos conscientes do seu papel na preservação da memória coletiva e na valorização da cultura local.

(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)

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