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Grandes shows voltam a Belém dentro de medidas de segurança; entenda

Com data marcada para voltar à cidade, eventos vêm sendo preparados com grande expectativa

Lucas Costa
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Os grandes shows estão finalmente de volta. Depois de os produtores de evento repetirem a máxima de que seriam os últimos a voltar a sua atividade, parece que esse momento finalmente começa a ter caminhos para percorrer dentro de um cenário com mais pessoas vacinadas contra a covid-19. A Bis Entretenimento já prepara sua retomada de shows na capital em grande estilo, ocupando um palco com o gênero que ganhou todo o país durante a quarentena: o piseiro.

No próximo sábado, 25, o público da capital vai poder curtir os shows de Tarcísio do Acordeon, Pisadinha de Luxo, Eduardo e Gabriel e DJ Assayag, no Marine Club. Os ingressos já estão à venda no site ticketou.com e na loja Classificados Liberal (subsolo Boulevard Shopping).

O evento será realizado sob uma série de protocolos de segurança contra a covid-19, seguindo recomendações do último decreto do Governo do Estado do Pará. O local do evento terá ocupação de apenas 30%, e para a entrada, o público também precisará comprovar que está vacinado com pelo menos uma dose dos imunizantes contra o coronavírus.

A dupla sertaneja paraense Eduardo e Gabriel é uma das atrações do evento, e não escondem o entusiasmo em voltar a se apresentar em um grande show.

“É uma oportunidade muito legal para nós. É algo interessante estar ao lado de grandes artistas do cenário brasileiro. O Tarcísio do Acordeon é um fenômeno do piseiro, estourou na pandemia e agora está começando a colher os frutos fazendo shows, e é muito importante pra gente estar do lado desses grandes nomes somando o nosso trabalho”, conta dupla, revelando ainda que prepara um show exclusivo para o sábado, já que este ano também celebra três anos de carreira.

Eduardo e Gabriel também falam da importância da retomada dos grandes shows como atividade econômica.

“A gente trabalha com banda, e claro que fizemos shows menores quando foi voltando gradualmente, se adaptando aos decretos, fazendo com poucos músicos no palco, algo mais reduzido. Mas graças a Deus começou a ter uma liberação maior nisso tudo, e para nós é de grande expectativa essa volta gradual e já está mais do que na hora. Estávamos aqui totalmente ansiosos para que retornassem os grandes shows, que são de suma importância para todo mundo do entretenimento, todo mundo que trabalha com eventos, com shows, bandas, que dependem disso tudo. São várias famílias que dependem disso”, destacam.

Reabertura gradual mostra horizonte promissor ao setor

Após mais de um ano de perdas, grandes eventos podem estar prontos para voltar a movimentar a economia

No ano em que começou a pandemia de covid-19 (2020), o Brasil teve 15 mil apresentações de shows e espetáculos, segundo o relatório “O que o Brasil Ouve”, divulgado no último dia 15 pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). O número representa queda superior a 80% em comparação a 2019, quando foram registrados cerca de 83 mil espetáculos e eventos por todo o país.

Este cenário deve mudar ao redor do país, mesmo com o retorno gradual de grandes shows e festivais. Calilo Kzam, diretor da Bis Entretenimento, acredita que o setor de grandes shows é um dos últimos da economia a poder retornar suas atividades, mesmo que ainda não seja dentro de uma normalidade por conta das restrições. O diretor também acredita que o retorno gradual seja importante.  

“Eu acho que essa iniciativa do Governo do Estado e da prefeitura de Belém em liberar os eventos neste decreto com 30% do público já é um primeiro passo. É um teste, que vamos fazer com muita responsabilidade e seguindo os protocolos para poder dar continuidade e fazer uma volta gradual, responsável e com uma qualidade e profissionalismo que a Bis sempre procurou atuar no mercado do entretenimento do Norte do país”, diz.

Ainda segundo Calilo, a retomada não tem sido fácil, mas destaca a importância do cumprimento dos protocolos de segurança. No show de sábado, 25, por exemplo, o público terá que comprovar a vacinação contra a covid-19 com pelo menos uma dose.

“Sobre os protocolos, vamos cumprir os determinados no decreto do Governo do Estado, que é de 30% da capacidade do local. E uma determinação, que o evento faz questão, é que 100% do público seja vacinado. É muito importante frisar que só vamos aquietar quem estiver vacinado, com uma ou duas doses. Tendo da primeira dose, leva o comprovante de vacinação contra a covid-19 e pode entrar no evento depois de adquirir o ingresso”, reitera Calilo.

Estudo

Segundo o relatório do Ecad, dados mostram o que aconteceu no mercado de eventos musicais, a partir das restrições impostas pela pandemia em todo o país.

Em 2019, o segmento show distribuiu R$ 95 milhões para mais de 56 mil compositores e editores. Em 2019, a arrecadação do Ecad em todos os segmentos, além de espetáculos, totalizou R$ 1,12 bilhão e foram distribuídos R$ 986 milhões, beneficiando 383 mil artistas.

No ano passado, o total de apresentações caiu para 15 mil, das quais a maioria ocorreu ainda no primeiro trimestre, antes das restrições impostas para impedir a disseminação da covid-19.

A paralisação dos eventos presenciais impactou no pagamento de direitos autorais, refletindo a crise econômica gerada pela pandemia. O relatório indica que, em 2020, foram distribuídos R$ 78,3 milhões para mais de 85 mil compositores e editores no segmento de show, com queda de cerca de 20% no valor distribuído em relação a 2019.

Já a arrecadação total somou R$ 905 milhões, mas com as ações efetuadas pelo Ecad, como distribuições extras e repasse de direitos a eventos no streaming, a distribuição alcançou R$ 947 milhões, beneficiando 263 mil artistas e demais titulares.

Nos seis primeiros meses de 2021, o segmento de shows mostrou queda significativa de mais de 75% no valor do repasse na distribuição de direitos autorais em comparação com o primeiro semestre de 2020. Apesar do cenário de pandemia, somente no primeiro semestre de 2021, o Ecad arrecadou quase R$ 472 milhões e distribuiu R$ 399 milhões em direitos autorais para mais de 185 mil titulares.

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