Festival Amazônia Mapping 2021 ocupa o Forte do Castelo

Projeções de vários artistas poderão ser vistas neste sábado (4).

Alexandra Cavalcanti - Especial para O Liberal
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A diversidade da Amazônia vai dar o tom da quinta edição do Festival Amazônia Mapping 2021 (FAM), que começa neste sábado (4), no Forte do Castelo, centro histórico de Belém. Este ano, a programação será presencial e virtual, com a participação de cerca de 40 artistas das mais diversas linguagens artísticas, abrangendo projeções, moda, poesia e shows de música e imagem e se estende ainda pelos dias 16 e 17 deste mês com oficinas gratuitas e pelos 18 e 19 com a versão online.

O mapping, também conhecido como projeção mapeada, é a técnica que permite que qualquer superfície, mesmo as irregulares, se tornem uma tela de mídia. Com isso, os vídeos e as imagens projetadas permitem uma apresentação mais intensa e dinâmica com alta qualidade de definição. Durante o FAM todas as imagens serão projetadas na parede externa do Forte do Castelo, que também foi palco da primeira edição do festival em 2013.

Logo na abertura será apresentada a mostra “Remapeando Olhares”. “A ideia é que o centro histórico receba as intervenções com projeção na busca de dialogar arte, arquitetura, história e espaço público. É um convite ao despertar a um espaço que diz respeito a nossa própria identidade cultural, como paraenses e amazônidas, e revisitá-lo de uma maneira surpreendente, que possibilite outras leituras do mesmo espaço”, explica a artista visual Roberta Carvalho, idealizadora e curadora do festival.

Entre os artistas que terão suas obras projetadas nesta edição estão: as artistas indígenas Yaka Sales Hunikuin, Márcia Kambeba, e o coletivo Casa Comum, que reúne artistas os amazônicos Alcimar Vieira Reis, André Sateré Mawé, Elizete Tikuna, Emerson Uyra, Jaqueline Santos, Jayne Kira, Rafa Militão, Rafael Bqueer, Roberta Carvalho, Wellington Dias, além dos premiados cineastas Takumã Kuikuro do Xingú e Rafael Ramos, de Manaus, o artista sonoro Daniel Castanheira, do Rio de Janeiro, e a produtora criativa Verlene Mesquita, de Manaus. Do Pará, PV Dias participa da mostra, que conta ainda com Leandro Mendes Vigas, de Santa Catarina e Carol Santana, do Rio de Janeiro.

 “Vamos fazer a ocupação do Forte do Castelo com projeções e macroprojeções na frente e na lateral, então as pessoas vão poder caminhar pelo Forte para interagir, para emergir nas obras que vão ser apresentadas. Vamos levar para esse espaço a ideia de múltiplos olhares artísticos e discursos artísticos”, destaca a curadora.

Oficinas

A programação do FAM prossegue pelos dias 16 e 17 de dezembro quando ocorrem as oficinas gratuitas: “Criação Visual - Vídeo mapping e Live Experience”, ministrada pela VJ Grazi, do Distrito Federal em formato online; “Animação digital e tipografias urbanas para vídeo projeção”, com o Coletivo Coletores, de São Paulo, também online e que traz uma proposta de pensar a cidade como meio e suporte para suas ações a partir de conceitos como: arte e jogo, arquitetura do precário, design social, arte interativa e arte digital. A terceira oficina "Projeções urbanas - a cidade como tela" será ministrada de forma presencial pelos artistas paraense Roberta Carvalho e Lucas Mariano, em parceria com o Cine Clube da Terra Firme, um projeto desenvolvido no bairro que fortalece a produção audiovisual na periferia de Belém.

Roberta destaca que a nova proposta das oficinas está entre as novidades desta edição. “Elas estão trazendo mais esse viés dos fundamentos e da relação com a cidade. Este ano as nossas oficinas têm esse espírito”, explica.

A ideia é trazer fundamentos técnicos e teóricos para oficina em parceria com o Cine Clube da Terra Firme, segundo a artista, “é fazer um intercâmbio, uma interlocução com a finalidade de falar cinema na cidade, mas não só esse audiovisual expandido, mas trabalhar com uma ideia de cinema espalhado na cidade, projetado na cidade”, ressalta.

Virtual

Nos dias 18 e 19 de dezembro, o Festival será virtual e ocupará um espaço chamado “ilha 3D”, um ambiente online criado especialmente para o FAM. O projeto da ilha Amazônia Mapping foi construído através de uma programação gamer, e proporciona uma experiência de streaming ao público.

Além da projeção de obras de 30 artistas de várias partes do país, a programação online vai exibir “Belém Fashion 405”, um video-mapping-desfile de moda e sustentabilidade desenvolvido pela designer de moda paraense Jacke Tupi. “Será um desfile projetado, um desfile virtual dentro da ilha com peças compostas pela artista indígena, que produz peças sustentáveis, porque todas as peças foram compostas a partir de peças de um brechó, que seriam descartadas”, ressalta Roberta.

A música ficará por conta de shows que misturam sons e imagens de forma diversificada. Dessa forma, a guitarrada contemporânea do músico Félix Robatto vai se encontrar com as pick-ups da VJ Grazzi. A mistura também estará presente nas apresentações dos artistas indígenas Djuena Tikuna, cantora, e do cineasta Takumã Kuikuro.

A curadora do FAM destaca ainda a integração do festival ao Amplifly, uma parceria com o Britsh Council, instituição pública cultural do Reino Unido, que busca promover conexões e networking voltadas para práticas artísticas e questões sociais.

Agende-se:

Festival Amazônia Mapping 2021

Abertura presencial dia 4 de dezembro, no Forte do Castelo, às 19h. 

Oficinas, apresentações artísticas e imersão em processos criativos online: dias 16, 17, 18 e 19 de dezembro. 

Canal do Youtube do festival www.youtube.com/amazoniamapping. 

Mais informações e inscrições para oficinas no site oficial do Festival: www.amazoniamapping.com.

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