Festa Literária Internacional de Paraty abre espaço para livros de terror

Subúrbio carioca é palco de histórias de arrepiar em publicação que será lançada neste sábado no evento

Agência Brasil
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Quando se fala em histórias de terror, os leitores logo pensam em um castelo na Transilvânia ou em uma mansão vitoriana na Inglaterra. Mas é na periferia carioca que o autor Hedjan Costa, morador de Anchieta, no subúrbio do Rio de Janeiro, resolve ambientar seus contos assustadores.

A coletânea Gótico Suburbano será lançada neste sábado, 13, na Feira Literária de Paraty (Flip). São dez contos que usam temas e cenários tipicamente suburbanos, como os vagões de trem, os grupos de bate-bola e a brincadeira de soltar pipa.

“A ideia de escrever contos de terror no subúrbio veio da minha própria experiência como morador. Eu cresci na zona sul, então, quando me casei e me mudei, eu acabava percebendo várias coisas que talvez passassem despercebidas a quem nasceu e cresceu aqui. As relações humanas, a questão do público e do privado, o uso dos espaços públicos. E, como leitor apaixonado de histórias de terror e suspense, algumas situações e cenários sempre me pareciam perfeitos para gerar uma história assustadora”, conta o autor.

Em seu primeiro livro solo de contos, o autor diz que as mazelas do subúrbio aparecem nas histórias. Segundo ele, a ideia é mostrar uma imagem do subúrbio que extrapola os clichês. “O subúrbio, no imaginário de muitos moradores do estado do Rio, é um lugar de violência, abandono, de samba e onde o trem passa. Eu quis mostrar que o subúrbio vai além disso, com determinados costumes e práticas que são típicos de cada bairro”.

O livro será lançado na Casa Fantástica, às 18h. O espaço é voltado para os gêneros de fantasia, ficção científica, mistério e terror. Além de lançamentos de livros, a casa receberá mesas-redondas envolvendo o gênero do terror, como “Criaturas Fantásticas: criando monstros, bestas-feras e outros bichos” e “O medo como inspiração: horror e mistério na literatura nacional”.

Em sua 17ª edição, a Feira Literária Internacional de Paraty (Flip) traz uma extensa programação que segue até este domingo, 14. Entre as instituições que participam da feira este ano está o Museu da Língua Portuguesa, que foi atingido por um incêndio e passa por reconstrução. Em Paraty, o museu promoveu o primeiro 'Flip Slam', ou batalha de poesia falada, com convidados de seis países (Cabo Verde, Portugal, Brasil, Inglaterra, Estados Unidos e Espanha).

Na exposição interativa “A Energia da Língua Portuguesa”, na Praça Aberta, os visitantes conhecerão expressões típicas do idioma português e peculiaridades da língua nos países onde ela é falada. O público poderá participar ainda de gincanas, entre outras atrações.

O Salão Nobre da Casa de Cultura de Paraty abriga uma exposição com imagens históricas que mostram o início da construção do Museu Ipiranga, em 1885, e a modificação do espaço urbano ao redor do prédio ao longo dos séculos.

Neste sábado (13), às 10h30, o Salão Nobre sediará debate sobre a história da construção do Museu do Ipiranga e as intervenções que serão feitas para sua recuperação, a partir de setembro deste ano. Na mesa, a diretora do Museu, Solange Ferraz de Lima, e Pablo Hereñú, arquiteto responsável pelo projeto de restauração do edifício monumento.

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