Ex-deputado federal do Pará, Jorge Arbage lança trilogia literária
"Pelas Lentes do Passado", "Desafios da Hermenêutica" e "Sob a Ótica do Caos", que sintetizam os 95 anos de vida do político
Quase um século de uma vida dedicada à política, traduzidos em três obras literárias. Aos 95 anos de idade, Jorge Wilson Arbage lança na tarde desta quinta-feira a trilogia composta pelos três livros livros: "Pelas Lentes do Passado", "Desafios da Hermenêutica" e "Sob a Ótica do Caos". O evento será no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), a partir das 17h. A entrada é franca.
Os três diferentes volumes abordam assuntos distintos: os bastidores da política brasileira, a religiosidade e devoção de Jorge a Nossa Senhora, e relatos do seu dia a dia durante quase um século de existência. Toda renda obtida com a venda dos exemplares será doada para a instituição Pia Nossa Senhora das Graças.
Os livros tem prefácio de personalidades do Pará: o jurista Zeno Veloso, o arcebispo Dom Alberto Taveira, e o professor Edson Franco.
Em "Sob a Ótica do Caos", Arbage relata episódios dos quais foi testemunha ocular em Brasília (DF). Zeno Veloso, que escreveu o prefácio, diz que na obra o autor é retratado como um cidadão, que aos 95 anos de idade mantém sua lucidez, jovialidade e ânsia de estudar. "Ele nunca para de ler, pesquisar, escrever. Não deixa de pensar e de transmitir suas ideias. Não cansa de aprender e de ensinar", pontua Veloso.
Ex-deputado federal do Pará, o autor entrou na cena política no final da década de 1950, onde atravessou o período da ditadura militar que tomou conta do Brasil por mais de duas décadas, período este que faz parte de sua obra.
"Arbage apela intensamente nestas crônicas, para o espírito público dos políticos. Conclama para que sejam mais Brasil e menos políticos. Em suma: mais Brasil e menos Brasília, para que perfilem no trato da coisa pública pelo ideal republicano", diz o professor Edson Franco em um dos prefácios.
A religiosidade é tema de uma das obras lançadas, mas nem pode ser desvencilhada da vida política de Arbage, considerando que sua vida política também é marcada pela criação da lei federal que tornou o dia 12 de outubro um feriado nacional: o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
Entre muitos personagens e pessoas citadas por Arbage nos livros, que fizeram e fazem parte de sua trajetória política e pessoal, há um destaque para a esposa, Iracema, com quem esteve casado por mais de 60 anos até o falecimento dela. "Parece-me encontrar atrás de várias expressões e experiências uma figura que posso chamar de Anjo da Guarda bem humano, discreto e forte. Seu nome é Iracema, a esposa que Deus deu de presente ao meu querido Jorge. Um relacionamento longo, abençoado por Deus", observa Dom Alberto Taveira no prefácio escrito para um dos livros.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA