Dublê de mãos, de cabelo ou silhueta: conheça um pouco dessa profissão

Sem que possamos imaginar, atores trabalham como dublê de famosos em muitos trabalhos publicitários

Bruna Dias
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Encontramos vez ou outra notícias que mostram artistas sendo substituídos em alguma cena perigosa ou violenta que requer mais segurança ou uma habilidade extra: é a hora do dublê entrar em ação. Porém, essa profissão tem as mais variadas vertentes e algumas pessoas se surpreendem ao descobrir que nem tudo é o que parece.

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A atriz paraense Monique Teles foi por dois anos dublê oficial de Juliana Paes. Na ocasião, com os cabelos mais escuros, ela atuou em diversos comerciais com a atriz. Sua função era substituir a artista em cenas especificas que detalhavam alguma parte física. Por exemplo, em um comercial de acessórios, em que eram apresentadas algumas peças, as mãos e o colo eram de Monique.

image Comercial de Acessórios (Divulgação)

“Eu lembro que nessa ocasião estava com a unha vermelha e precisei trocar pelo esmalte nude, que era a cor que Juliana usava, além disso, eu tenho um sinal na ponta do dedo e ela não, ou seja, precisei maquiar”, relembra.

Monique morou por 10 anos no Rio de Janeiro e coleciona dezenas de trabalhos como dublê da atriz, como nos remakes de “Gabriela” e “Dona Flor e Seus Dois Maridos”. Em um desses trabalhos, ela precisou fazer cenas nuas em que aparece apenas a sua silhueta; em outra ocasião, em comercial de shampoo, seu cabelo foi usado substituindo o da atriz.

“Em ‘Tapas e Beijos’, eu fazia parte do núcleo de La Conga e viram logo uma semelhança entre a gente: no manequim, altura e em alguns traços físicos. Isso fez com que as pessoas vissem em mim essa oportunidade”, contou.

image Monique e Juliana Paes (Divulgação)
image Monique Teles e Juliana Paes (Divulgação)

 

 

Para ser dublê de televisão é necessário especialização e ter DRT como ator ou atriz.

“Era muito importante ter toda essa semelhança, principalmente de medidas físicas, isso ajuda muito na rapidez do trabalho. Quando acabou meu contrato, a Juliana ficou triste porque não renovei, mas já tinha outros projetos profissionais e precisei seguir minha carreira como atriz em outra emissora”, disse ela. A atriz também foi dublê em um comercial de Aline Campos, ex Riscado, gravado em um bar do Rio de Janeiro.

image Paraense morou no Rio de Janeiro e coleciona trabalhos com Juliana Paes. (Márcio Nagano)

MÃOS

Depois de sair do Big Brother Brasil 21, o público pedia que Gil do Vigor estrelasse a campanha de uma marca que leva o seu nome artístico, e ele virou embaixador do iogurte. Porém, um dos detalhes da produção foi revelado: as mãos usadas na campanha não eram dele.

Veja alguns trabalhos de Eduardo:

Eduardo Domingues, dublê de mãos

Eduardo Domingues foi dublê de Gil do Vigor para a marca, mas ele tem trabalhos com Celso Portiolli e Rubens Barrichello. “É um trabalho que requer muita concentração e coordenação. São detalhes precisos e demandam tempo de 4 horas aproximadamente ou até mais. E seu braço precisa ficar no alto ou de lado, aparecendo às vezes somente o antebraço e no ar, o que faz ter um cansaço conforme o tempo de gravação. Primeiro, quando o famoso grava, ele faz as cenas de falas, quando tem detalhes de corpo, movimentação e até pés são os dublês que entram em ação”, explicou.

Na campanha com o Gil do Vigor, Eduardo dividiu o camarim com o economista e usou a camisa rosa igual à dele.

“Nesse trabalho o objetivo era pegar a calda de chocolate que ficava no fundo do iogurte com uma colher cheia e esteticamente preenchendo toda a colher com a calda à mostra e toda vez abrindo novos iogurtes, fiz de todos os sabores. Também havia uma esteira, onde tinha que pegar o iogurte sem tocar nos outros do lado, por baixo do produto. Além de levar a colher em posição central até a câmera em linha reta, sem balançar muito ou tremer e de maneira centralizada”, contou Eduardo.

Desde 2010 na carreira artística, o ator já trabalhou em comerciais de TV, teve participação em novela, programas, série e simulação. Quando foi dublê de Celso Portiolli, Eduardo batia em uma porta; e de Rubens Barrichello, suas mãos apareciam em um volante de automóvel.

“O que as pessoas não têm ideia também é que comercias de automóveis são gravados em um estúdio com fundo em crohma key e com o dublê fora do carro apenas com as mãos no volante e às vezes precisa apertar um botão já que no banco do passageiro fica a câmera, então é impossível sentar”, explicou Eduardo.

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