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Conheça os benefícios da musicalização na infância

Os professores Diego Xavier e Paulinho Maia apontam avanços na sociabilidade, desinibição, confiança, sensibilidade e criatividade.

Vito Gemaque

Os benefícios da iniciação musical em crianças são mais profundos do que criar jovens talentos. A música nas fases iniciais da vida gera um processo com múltiplos fatores positivos aos pequenos, indo desde autoconhecimento da criança, melhoria na sociabilidade, criação de laços afetivos mais fortes com familiares e responsáveis, desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, desinibição e confiança.

Esses são alguns dos fatores que o professor de música e musicoterapeuta Diego Xavier, de 35 anos, percebe no desenvolvimento dos pequenos. Idealizador do projeto EMUCSP de inicialização musical para crianças a partir dos dois anos, que funciona no Colégio São Paulo, em Belém, Diego vê que os pequenos conseguem no processo de musicalização ter as próprias escolhas, começando pelo tipo de música que gostam de ouvir e decidem até os instrumentos que querem aprender.

“A criança já vem com uma influência e inteligência musical. Todos nós temos, nem que seja no fundo, uma aptidão musical, lógico que uns têm mais e outros precisam ser estimulados”, explica. “Aqui a criança vem para fazer música, e quem escolhe o instrumento é o próprio aluno”, complementa.

Pelo projeto de Diego já passaram centenas de crianças ao longo dos anos, algumas que vieram a se tornar conhecidas, como Mayara Cavalcante, participante do The Voice Kids, em 2016, e Marina Negreiros, que chegou a ser semifinalista do Canta Comigo Teen, da TV Record.

Ajudar os pequenos a desenvolver aptidões

Mais do que formar artistas, Diego tem o intuito de ajudar os pequenos a desenvolverem suas aptidões. “Além da concentração e a atenção, o respeito ao próximo é trabalhado com as crianças de três anos. Aqui um instrumento vai passando de mão em mão, a criança aprende a compartilhar e espera a sua vez”, conta. As crianças ganham também consciência corporal e de movimentos com brincadeiras envolvendo música.

Diego percebe na própria filha, a pequena Maria Izabel Monteiro Lopes, de oito anos, os benefícios da música. A menina começou a ouvir música ainda na barriga da mãe no projeto do amigo e professor de música, Paulinho Maia, de 38 anos, especialista em musicoterapia e em práticas pedagógicas da educação infantil. Maria participou quando estava na barriga da mãe do Cantinho Musical Irmãos Nobre, projeto voltado para a musicalização de bebês até crianças com seis anos.

“Estudos apontam que as mães que cantavam desenvolvem um laço forte com seus filhos, e é possível sim que os bebês reconheçam a voz das mães ainda no útero. Os sons agudos são mais absorvidos na fase uterina”, assegura.

Paulinho vem de uma família de gerações de artistas musicais. Além da educação musical mais tradicional dedicada a ensinar as pessoas a técnica musical, o professor também utiliza a música como terapia para as crianças e jovens, a chamada musicoterapia.

“Musicoterapia é usar a música, os instrumentos musicais, ou até materiais para desenvolver capacidades, reabilitar, ou estimular uma pessoa. Não tem a função principal de saber se a criança está cantando ou tocando certo, mas de estimular e desenvolver aquela pessoa naquilo que ela precisa. Pode ser trabalhar algum tipo de trauma, a desinibição, se a criança ou jovem tem alguma dificuldade motora, psicológica ou de desenvolvimento, a música também pode ser um instrumento para estar trabalhando com ela essas questões”, explica.

Independentemente da idade, os dois professores confirmam que a música traz muitos benefícios para as crianças. “Por experiência própria posso falar, mas a ciência já prova isso, o quanto a música é favorável para o desenvolvimento neuromotor das crianças”, afirma Diego.

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Cultura
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