Coluna do Estadão: STF vê 'tempestade em copo d'água' sobre Moraes no caso do Banco Master
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) saíram em defesa do colega Alexandre de Moraes, após notícias da pressão exercida por ele sobre o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em favor do Banco Master. Em conversas reservadas, magistrados ouvidos pela Coluna atribuíram o crescimento do assunto à oposição contra Moraes, disseram que a Corte tem apanhado de graça e classificaram o caso como "tempestade em copo d'água". Relator da investigação sobre as fraudes do Master, Dias Toffoli também obteve a solidariedade dos pares. Em novembro, Toffoli viajou para assistir à final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, em Lima, no mesmo voo particular de um advogado que defende um diretor do Master, instituição liquidada pelo BC.
SEM PRESSÃO. O argumento dos magistrados para defender Moraes e Toffoli é o de que presidente do Banco Central e ministros do STF não são "pressionáveis". Ministros alegam que, se fossem ceder a pressões, o ex-presidente Jair Bolsonaro não teria sido condenado na trama golpista.
LIGAÇÕES. O Estadão mostrou que Moraes ligou seis vezes para Galípolo, no mesmo dia, para saber sobre o andamento da operação de compra do Master pelo BRB. A advogada Viviane Moraes, mulher do ministro, fechou um contrato de R$ 129 milhões para representar o Master em Brasília, como revelou o jornal O Globo.
MAGNITSKY. Moraes nega ter conversado com Galípolo por telefone. Em nota, o ministro disse que se reuniu duas vezes com o presidente do BC apenas para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky.
CAUSA. O vice-presidente Geraldo Alckmin sempre cita uma frase do padre dominicano Lebret quando é perguntado sobre como vê a função pública. "Um Zé Ninguém a serviço de uma grande causa", diz o ex-tucano, que também é ministro do Desenvolvimento.
CURINGA. Até agora, Alckmin não sabe qual será o seu papel no jogo de 2026. Se depender dele, porém, continuará vice na chapa do presidente Lula. A tendência é mesmo esta, mas, a exemplo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Alckmin virou um curinga e tanto pode concorrer ao Senado como ao governo paulista. Mas não é o que deseja.
ASSUMIU. O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) será mesmo candidato ao governo da Bahia, com apoio do PL de Bolsonaro. Ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL) concorrerá ao Senado.
MOÇÃO. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos) homenageou, com moção de louvor, o ex-ministro Raul Jungmann "em reconhecimento à sua inestimável trajetória política, marcada pelo compromisso com a democracia, pela excelência na gestão governamental e pela valorosa contribuição ao Parlamento".
CAMPANHA. Começou a campanha por uma cadeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Há dez cotados para a vaga, que surgirá em abril, com a aposentadoria do ministro Antonio Saldanha Palheiro.
PRONTO, FALEI!
João Santana Marqueteiro
"A polarização virou clichê com o ridículo episódio das sandálias Havaianas. Mas culpar só nossos políticos é pouco: eles são consequência, não causa."
CLICK
Paulo Maluf Ex-governador de São Paulo
Em conversa com o presidente de seu partido, senador Ciro Nogueira (PP), que foi lhe visitar em casa, na capital paulista, para desejar um feliz Natal.
(Roseann Kennedy, com Eduardo Barretto, Vera Rosa e Levy Teles)
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA