Climate Story Lab: evento híbrido amplia papel das artes na luta em favor da Amazônia

Programação começa nesta terça-feira com palestras, oficinas e participação de lideranças políticas

Lucas Costa
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As artes, nas mais diversas expressões, são ferramentas importantes na defesa das mais diversas causas: o chamado artivismo. Quando o assunto é proteção ambiental, não é diferente. Seja com uma denúncia por meio de um documentário audiovisual, ou uma montação drag que explora elementos de um território - as formas de aliar discurso político e artes são diversas. 

No sentido de mostrar a potência das artes dentro do ativismo, o Climate Story Lab Amazônia é realizado entre os dias 23 e 27 de novembro, em formato híbrido, online e semipresencial em Manaus. O evento, focado em construir narrativas artísticas para pulverizar informações sobre a urgência de se discutir as mudanças climáticas globais, tem sua primeira edição na América Latina.

A programação terá mesas redondas, oficinas, mapeamento de líderes políticos, e vai reunir artistas, pesquisadores, representantes de instituições ambientais e de sustentabilidade, organizações não governamentais, com pontos de vista distintos e complementares que compreendem o período crítico e urgente. Mais informações no site amazonia.climatestorylabs.org.

image 'Quentura' (Mari Corrêa)

Um dos destaques da programação do evento é a reunião de representantes de sete projetos artísticos, que têm em comum a abordagem das mudanças climáticas e defesa do território dos povos originários, comunidades ribeirinhas e quilombolas. Um destes projetos é o documentário “Quentura”, de Mari Corrêa, filme que acompanha mulheres indígenas da Amazônia, imersas em seu vasto universo de conhecimentos, ao mesmo tempo em que observam os impactos das mudanças climáticas nos seus modos de vida.

“O audiovisual é uma forma de luta importante nesse mundo de imagens que a gente vive”, defende Mari Corrêa, que também trabalha na formação de cineastas indígenas, no sentido de amplificar vozes da Amazônia.

“É uma forma de entregar essa ferramenta, dar a possibilidade para essas pessoas se comunicarem e compartilharem com o público maior, mais amplo, o que acontece em suas terras, nas florestas. Não só do ponto de vista da denúncia, mas de um modo de vida que é próprio desses povos, e que permitiu que as florestas se mantivessem vivas até hoje. Então é muito importante a voz idigena, dos povos tradicionais, chegar ao povo, e a arte é uma dessas formas”, completa Mari.

Além de “Quentura” (Brasil), também fazem parte do evento os projetos: “Uyra - A Retomada da Floresta” (Brasil), “Rádio Savia” (Colômbia e México), “Teles Pires: o rio mais impactado por hidrelétricas na Amazônia” (Brasil), “Série jornalística - Sabedores e memórias da Amazônia em risco de crise climática e pandêmica” (Colômbia  e Equador), “Imagine2030” (Brasil) e “Autodemarcação e Fiscalização da TI Sawré Muybu” (Brasil).

Toda a programação do evento será gravada, e disponibilizada em outro momento para o público geral que tiver interesse em assistir às mesas de formação. Informações e dúvidas: amazonia.climatestorylab@gmail.com.

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