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Clássico disco ao vivo de Cazuza é relançado para celebrar os 65 anos do astro

'O Tempo Não Para - Show Completo [Ao Vivo No Rio De Janeiro / 1988]' ganha nova versão com set list original completo

Lucas Costa
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A poesia de Cazuza é revisitada para relembrar sua energia em vida. O inesquecível show “O Tempo Não Para”, gravado no Canecão, no Rio de Janeiro, em outubro de 1988, foi relançado na íntegra nas plataformas digitais na segunda-feira, 4, iniciando as comemorações dos 65 anos de Cazuza, que serão completados no ano que vem.

O lançamento também faz  parte da campanha “Reviva Cazuza”, iniciativa de Lucinha Araújo, mãe do artista, e da Sociedade Viva Cazuza, que pretende chancelar e estimular ações em torno da obra e imagem do poeta. Além de ser disponibilizado no formato digital, o álbum ganhará em breve uma versão em Áudio Espacial (Dolby Atmos) e uma edição especial em CD físico (Deluxe), com surpresas para os fãs e colecionadores.

Lançado originalmente em dezembro de 1988 com 10 faixas, o disco original deixou de fora sete músicas do repertório, por critério dos produtores e espaço no vinil, e que hoje voltam ao público no novo álbum “O Tempo Não Para -  Show Completo [Ao Vivo No Rio De Janeiro / 1988]” com sua ordem original.

Três destas músicas acentuam a paixão de Cazuza pelo blues: “Vida Fácil”, “Mal Nenhum” e “Blues da Piedade”, esta última ganha um clipe inédito dirigido por Barbara Coimbra, com imagens do show e novas intervenções visuais. Entre as inéditas estão também “Completamente Blue” e “A Orelha de Eurídice”, além de “Preciso Dizer Que Te Amo”.

Sucesso do álbum “Ideologia” (1988) e regravada por Gal Costa para a abertura da novela Vale Tudo, “Brasil” é um dos mais fortes temas inéditos deste show. O álbum ainda presenteia os fãs com uma faixa-bônus, o discurso de Cazuza sobre o país pós ditadura militar. “Eu me arrependi quando fiz essa música [Ideologia], peço desculpas. Aquele garoto que ia mudar o mundo pode continuar a mudar o mundo, em qualquer idade. A gente muda e, se a gente muda, o mundo pode mudar também!”, incitou o artista.

“’O Tempo Não Para’ foi um show carregado de muita emoção e comoção; foi um abraço dos fãs do Cazuza em um momento único em sua vida e na de todos nós que o amamos. Poder comungar novamente dessa obra com coisas que nem mesmo eu conhecia é como um presente de Cazuza para todos nós, na data de seu nascimento. Cazuza vive e revive para sempre em muitos corações”, lembra Lucinha Araújo.

Diretor musical do espetáculo e baixista da banda na época, Nilo Romero lembra que o disco foi gravado durante a turnê do álbum “Exagerado”, apresentado 44 vezes naquele ano, desde o primeiro show no pequeno AeroAnta, em São Paulo, ao último, no enorme Centro de Convenções de Recife, passando pela antológica gravação no Rio de Janeiro, dias 14, 15 e 16 de outubro, sendo lançado menos de dois meses depois.

“‘O Tempo Não Para’ foi o primeiro e único álbum ao vivo de Cazuza e o de maior sucesso em sua carreira, além do disco mais bem sucedido naquele ano”, lembra Nilo Romero. “Apesar das dez faixas do LP original sintetizarem um dos shows mais bonitos e emocionantes feitos por um artista brasileiro, músicas muito significativas, como ‘Brasil’ e ‘Blues da Piedade’, precisavam estar disponíveis para a posteridade”, opina o produtor, que coordenou a nova mixagem dos áudios - feitas por Walter Costa – e a remasterização de Ricardo Garcia.

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