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Produções que concorrem ao Oscar provam que animação não é coisa de criança

Dos cinco títulos indicados "Homem-Aranha no Aranhaverso" e "Ilha dos Cachorros" são os favoritos

Ana Carolina Matos
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Longe de ser restrito ao público infantil, o mundo das animações tem sido cada vez mais buscado pelos adultos. Com a aproximação da cerimônia do Oscar 2019, aumenta a ansiedade para descobrir os grandes premiados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Cinco animações estão no páreo para a escolha do melhor longa de animação.

Na disputa, estão "Homem-Aranha no Aranhaverso", de Peter Ramsey, Bob Persichetti, Rodney Rothman; "Ilha dos Cachorros", de Wes Anderson; "Mirai", de Mamoru Hososa; "Os Incríveis 2", de Brad Bird e "WiFi Ralph - Quebrando a Internet", de Rich Moore e Phil Johnston.

Pioneiro na animação paraense, Cássio Tarvernard avalia que a disputa não está tão acirrada este ano. Para ele, a aposta é que "Homem-Aranha no Aranhaverso" leve a premiação. "A estética é fantástica. Foi a melhor tradução do quadrinho para o cinema. A história é muto boa. O roteiro é muito bom, muito bem construído e editado. O filme tem um ritmo incrível e a parte estética é um deslumbre", destaca.

"Acho que foi o melhor filme do Homem-Aranha. Ele traz uma estética nova pra animação. Mistura o 2D, 3D, grafismos... É muito colorido e bonito. Consegue entreter crianças e adultos. É um filme de 3D, mas com estética de cartoon. Foi uma apropriação muito bem sucedida do 3D, não se parece com o 3D dos "Incríveis", acrescenta.

O slow-motion característico dos trabalhos do diretor americano Wes Anderson coloca "Ilha dos Cachorros" como um grande concorrente, avalia ainda Tavernard. "O Wes Anderson faz live-action, mas insiste em animação. É um super diretor. Esse filme tem uma paleta de cores muito bonita", analisa.

"Ilha dos Cachorros se enquadra pejorativamente em filme de arte. Os cineastas não gostam desses termos de comercial e de arte, mas os filmes de arte têm um tempo mais lento, têm um tempo morto, uma pausa. Não vejo como um filme para criança ou para todas as idades, mas é um grande concorrente", pontua.

Sequências na disputa, "Wifi-Ralph - Quebrando a Internet" e "Os Incríveis 2" - lançado após o enorme sucesso do primeiro filme em 2004 - foram abaixo das expectativas do grande público e dos críticos em geral, seja pelo pobre roteiro ou pela baixa contribuição nas técnicas de animação.

"O Wifi-Ralph é fraco. Já "Os Incríveis" não tem a animação que tem o primeiro. A Pixar manteve um pouco da estética do filme antigo, mas eu esperava muito mais da narrativa", conta. 

Único filme fora do eixo norte-americano e europeu, a animação japonesa "Mirai" é escrita e dirigida por Mamoru Hosoda, mesmo diretor e "Crianças Lobo", "O Monstro e a Garota que Conquistou o Tempo" e "O Rapaza".

Produzido pelo Studio Chizu, o longa sai do eixo comercial, priorizado pela academia. "A academia privilegia muito a indústria. No ano em que nós concorremos com 'O Menino e o Mundo', nós perdemos pra Pixar, que tem uma força muito grande. O nosso filme era muito mais lúdico, mas "Divertida Mente", que tem uma narrativa até previsível, ganhou. A academia surpreende por isso", destaca.

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