CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Documentário 'Amazônia Groove' entra no circuito comercial

Filme explora sons do Pará e já foi premiado nos EUA

Redação Integrada
fonte

O documentário “Amazônia Groove”, que marca a estreia de Bruno Murtinho em longas-metragens, está em cartaz em Belém. O filme, que tem direção musical de Marco André, faz uma investida pela Amazônia para explorar os sons - ou a “mistura pai d’égua” - do Pará. O longa reúne depoimentos de artistas como Dona Onete, Manoel Cordeiro, Sebastião Tapajós, Mestre Damasceno, Paulo André Barata e Gina Lobrista, por exemplo, em um registro que revela a sonoridade do Pará. O longa foi gravado em algumas cidades paraenses - que trazem uma relação de proximidade com artistas e gêneros musicais - como Óbidos, Barcarena, Salvaterra, Santa Isabel e a capital paraense.

De sonoridade única, o filme dissemina a cultura musical paraense, tão complexa e por tantas vezes pouco conhecida. “Sempre tive um sonho de fazer com que as pessoas se interessassem pela cultura da Amazônia, em especial cultura do Pará. Hoje, graças a Deus, os jornais são muito interessados pela cultura paraense mas quando comecei, em 2000, não eram”, avalia Marco André, produtor e diretor musical do filme.

“Amazônia Groove” abre espaço para personagens da música do Estado, examinando ritmos, do violão clássico ao tecnobrega, passando pelo carimbó e pela guitarrada, sem esquecer os arranjos embrenhados nas regiões ribeirinhas, como o “búfalo-bumbá”. Mesmo com o valor das histórias, o filme se destaca por outro aspecto: em Austin, no South By Southwest 2019, levou o prêmio de fotografia do festival (quem assina é Jacques Cheuiche, de Edifício Master e Uma Noite em 67).

Uma das histórias contadas no filme é do Mestre Damasceno, criador do búfalo-bumbá, festa inspirada no boi-bumbá mas adaptada à cultura da Ilha de Marajó (“onde é que existe sertanejo no Marajó?”, pergunta no filme, rindo). Depois de um acidente que o deixou cego, experiências com pajelança lhe renderam respeito na região natal e a música se tornou sua ferramenta de ver o mundo. “Eu penso em algo que existe em Salvaterra, faço uma música. Gosto de mostrar minha cultura para o mundo”, diz, no filme.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Cinema
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM CINEMA

MAIS LIDAS EM CULTURA