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Cine Alter 2021 divulga filmes vencedores do Troféu Muiraquitã

Longa 'Edna', de Erik Rocha, foi eleito melhor filme; confira os premiados

O Liberal

O Festival Cine Alter 2021 encerrou nesta quarta-feira, 24, sua programação presencial com o anúncio dos vencedores do Troféu Muiraquitã. As produções serão apresentadas agora no site do festival, de forma gratuita, até esta quinta-feira, 25.

Os trabalhos vencedores foram: Melhor Curta Metragem: “A Benzedeira” (Manaus), de Walace Abreu; Menção honrosa para “Utopia” (Amapá), de Rayne Pena;  Melhor Atuação para Rosa Malagueda, no filme “A Benzedeira”; Melhor Longa-metragem: “Edna”, de Eryk Rocha, que retrata a vida de uma ex-guerrilheira do Araguaia que vive na região sul do estado do Pará; Contribuição Artística - “Edna”; Menção honrosa para “A Mãe de todas as lutas”, de Suzanna Lira. Melhor Curta-metragem, pelo Júri Popular, “A Benzedeira”, Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular “BR acima de tudo”, de Fred Rahal Mauro, sobre a disputa de terras na floresta ao norte do Pará.

O CineAlter 2021 é uma iniciativa de organizações regionais, com realização do Instituto Território das Artes (ITA) e a correalização da Associação de Teatro de Santarém (ATAS). A consultoria técnica é da Olhar Distribuição, de Curitiba-PR. O Festival também conta com a parceria da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult).


EDNA

O filme de Eryk Rocha já recebeu várias premiações este ano, entre elas o de Melhor Longa Metragem-Documentário pelo Júri Jovem no 30º Festival Biarritz Amérique Latine, além de participação e boas críticas em mais de 10 festivais pelos quatro cantos do mundo.

No ano em que completa 20 anos de audiovisual, Eryk celebrou, em entrevista recente, o bom resultado do filme. "Ainda estou sob o impacto da estreia francesa de Edna no Festival Biarritz. É muito emocionante ver o filme na tela em comunhão com público e sala lotada. Como diz um amigo: O cinema sendo Cinema!. Nesse momento de ruínas e tragédia do nosso país, é um respiro levar a história de luta, poesia e resistência de Edna Rodrigues de Souza para o mundo. Viva Edna e todas as criadoras e criadores que realizaram esse filme".

Com olhar sensorial, poesia e política se fundem a partir do caderno de memórias e traduções de sentimentos "Histórias da Minha Vida de Edna", a protagonista que dá nome ao filme, carrega consigo a trajetória de luta e resistência pela terra, existência e dignidade humana. À beira da rodovia Transbrasiliana, vive essa mulher-memória guerrilheira que enfrentou a grilagem e aqueles que mandam nela na Guerra dos Perdidos (1976), inspirada pela grandiosa e devastadora Guerra do Araguaia (1967-1974). É por meio de sua prosa,  que costura lembranças e dores dessa tragédia histórica no Brasil que perdura até hoje como ferida aberta e realidade diária de destruição, extinção e descaso político.

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