#if(!$m.request.preview.inPreviewMode)
CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X
#end

A música é o diferencial de "Bohemian Rhapsody" e "Nasce uma Estrela"

Para Marco Antônio Moreira, os dois filmes têm muita chance porque levaram um grande público às salas de cinema

Enize Vidigal
fonte

"Bohemian Rhapsody" e "Nasce uma Estrela" são os filmes mais "musicais" indicados ao Oscar 2019, apesar de não serem classificados na categoria de filme musical. Ambos concorrem a Melhor Filme, entre outros seis indicados, na cerimônia do próximo domingo, 24.

São dois fimes em que as músicas extrapolaram as bilheterias de cinema, conquistando o público. Inspirado na biografia do Queen, com foco central no insubstituível Freddie Mercury, o filme saudosista arrebatou os prêmios de Melhor Ator pela forte atuação do protagonista Rami Malek. Mas foi navegando no sucesso consolidado da banda inglesa que o filme faturou.

Bohemian não disputa nas categorias musicais da Academy Awards, enquanto a ficção Nasce uma Estrela, estrelada por Lady Gaga e Bradley Cooper, também concorre a Melhor Canção Original com "Shallow", categoria na qual também vem vencendo em outras premiações do cinema. 

Para o crítico de cinema Marco Antônio Moreira, os dois filmes têm muita chance no Oscar porque levaram um grande público às salas de cinema. "Um detalhe considerado no Oscar é que esses dois filmes foram grandes sucessos comerciais, o que acabou habilitando-os às indicações."

"Nasce uma Estrela tem cenas musicais e Bohemian Rhapsody têm sequências musicais. Não sei se haveria uma tendência para cinebiografias de gente famosa, como a do Elton John, que vai entrar em cartaz no meio do ano", acrescenta.

Bohemian Rhapsody é um filme para os fãs do Queen, mas também para a divulgação da banda junto ao público jovem que não vivenciou a fase que foi considerada a mais rica do rock nacional e internacional. Para o roqueiro paraense Alexandre Ribeiro (Banda Oscaravelho), guitarrista, compositor e fã declarado, o filme também cumpre o importante papel de inspirar a nova geração de músicos.

"Eles retrataram muito bem. Os músicos (do Queen) acompanharam o roteirista e o diretor, ficou bem legal. Eles tiveram cuidado com o figurino e a caracterização, os atores ficaram parecidos com os músicos. Também fizeram mixes de imagens de época com os atores no palco. Tomara que venham outras biografias de outras bandas".

O filme narra desde o surgimento do Queen por Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon, em 1970, a produção de alguns sucessos como o que dá nome ao longa, a fama mundial e até as dificuldades enfrentadas pelos excessos de Mercury e a tumultuada vida pessoal do vocalista.

"Não gostei muito, achei mal montado e truncado, mas agrada porque as músicas do Queen são difíceis de não gostar, eu sou fã. O ator está extraordinário e tem tudo para ser premiado. É melhor a atuação dele do que o filme. Pois foi uma  cinebiografia que mudou os fatos, tem umas 5 ou 6 histórias do filme que não foram foram fieis ao ocorrido. Não é a primeira vez q isso ocorre no cinema", avalia Marco Antônio.

Dos palcos para o cinema

Já em Nasce uma Estrela, Lady Gaga convence como atriz no papel da jovem cantora Ally, que ascende ao estrelato com a ajuda do famoso cantor Jackson Maine (Bradley Cooper), com quem acaba formando par romântico. Porém, apesar da fama e carreira longos, Maine enfrenta a decadência profissional e se afunda na dependência do álcool.

Os momentos opostos acabam por minar o relacionamento do casal. "Essa é a quarta versão de um clássico, de uma história que virou filme anos 30, 50 e 70. A versão que mais gosto é a de 1954 com a Judy Garland, que é fantástica, extraordinária. Tem a versão de 1977, com a Barbra Streisand", destaca Marco Antônio. 

"Lady Gaga não tem atuação digna de premiação, mas ela está boa. Teve a atuação de outras atrizes melhores em filmes de melhor qualidade. Essa versão não é ruim, mas não me empolga. O filme é bom, não é melhor, não entendi a hipervalorização do filme e dela (Gaga), apesar dela estar muito bem. Sem dúvida é uma boa atuação", acrescenta o crítico.

"Nasce uma Estrela é uma ficção legal porque retrata como funcionam as coisas no meio da música, a produção, a busca pela fama e os abalos que ela traz após a fase do pico (do estrelato). Não gosto muito da Lady Gaga, mas essa música do filme (Shallow) é bem legal, não é apelativa e nem bizarra como ela costuma fazer na música. Ela é uma grande artista, mas pode revelar para o futuro trabalhos mais audíveis e menos apelativos", opina Alexandre.

Bohemian ganhou o prêmio de Melhor Filme Dramático no Globo de Ouro, bem como de Melhor Ator em Filme Dramático e de Melhor Som na mesma premiação, além das conquistas de Melhor Ator na Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (Bafta) no Sindicato dos Atores e de Melhor Ator de Drama, Comédia e Musical do Satellite Award. No Oscar, Bohemian está indicado a Melhor Filme e Melhor Ator, além de outras categorias de menor visibilidade: Edição, Edição de Som e Mixagem de Som.

Já Nasce uma Estrela levou o prêmio de Melhor Filme de Comédia ou Musical e de Melhor Fotografia no Satellite Award, Melhor Atriz no Critics Choice Award e Melhor Trilha Sonora Original no Bafta. No Oscar, figura entre os filmes com mais indicações, 8: Melhor Filme, Atriz, Ator, Ator Coadjuvante (Sam Elliott), Canção Original, Roteiro Adaptado, Fotografia e Mixagem de Som.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Cinema
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM CINEMA

MAIS LIDAS EM CULTURA